Jornalista lança livro sobre Clara Pandolfo, pioneira da ciência na Amazônia

Jornalista lança livro sobre Clara Pandolfo, pioneira da ciência na Amazônia

O jornalista e historiador Murilo Fiuza de Melo apresenta, no dia 1º de setembro, no Palacete Faciola, em Belém, o livro “Clara Pandolfo, uma cientista da Amazônia”, que narra a trajetória da pesquisadora paraense que marcou história na defesa do desenvolvimento sustentável e da preservação da floresta amazônica.

Ciência, feminismo e sustentabilidade

O projeto vai além do livro: inclui minidocumentário, site e ciclo de palestras em escolas e universidades do Pará, com o objetivo de resgatar e difundir a história de Clara Pandolfo, pioneira na emancipação feminina e na ciência amazônica. O projeto tem patrocínio master da Vale e apoio do Instituto YUDQS.

Nascida em Belém em 12 de junho de 1912, Clara foi a primeira mulher a se formar em química na região Norte, aos 17 anos, e uma das cinco primeiras do país. Nos anos 1930, participou do movimento feminista em defesa do voto feminino e dedicou sua carreira à preservação ambiental, utilizando conceitos de economia e ecologia antes mesmo de se tornarem práticas consolidadas. Clara também propôs, ainda nos anos 1970, o uso de satélites para monitoramento do desmatamento.

Como diretora da Escola de Química Superior do Pará entre 1961 e 1964, Clara implantou o Laboratório de Análise Espectral, com equipamentos importados de ponta, fortalecendo a pesquisa científica na Amazônia.

Legado e acessibilidade

Clara Pandolfo faleceu em 2009, aos 97 anos, deixando um legado que inspira novas gerações. Segundo Murilo Fiuza de Melo, neto da cientista, “Clara Pandolfo é um ponto de prova que serve para motivar estudantes na busca pelo conhecimento e pela ciência na Amazônia, especialmente para mulheres”.

O livro será distribuído gratuitamente em escolas e bibliotecas públicas do Pará, e também estará disponível em site, versão digital, audiobook e minidocumentário a partir de 1º de setembro, no endereço: www.clarapandolfo.online. A iniciativa está alinhada a projetos da UNESCO e ONU Mulheres que incentivam a inclusão feminina na ciência.

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