Cine Manga e exposição “Rito de Margem” unem arte e cinema

Cine Manga e exposição “Rito de Margem” unem arte e cinema

Introdução

A Galeria Mama Cadela, em Belo Horizonte, recebe nesta quinta-feira (5) uma experiência cultural única. O Cine Manga convida o público para uma visita guiada à exposição “Rito de Margem”, da artista Christiana Quady, seguida de um happy hour e sessão de cinema ao ar livre. A iniciativa proporciona uma imersão profunda no universo artístico e cinematográfico, conectando a natureza, o feminino e a memória.

Exposição “Rito de Margem”: um mergulho no inconsciente

Christiana Quady apresenta em sua exposição um rito pessoal em quatro atos, explorando a conexão entre a natureza e o feminino selvagem. A artista utiliza diversos materiais e técnicas para criar um universo visual rico em simbologia e texturas. A mostra, com curadoria de João Gabriel Nemer e textos de Ana Viana, convida o público a uma jornada pelas profundezas do inconsciente e da natureza.

Cinema ao ar livre: diálogos entre arte e memória

Para complementar a experiência, o Cine Manga exibirá o filme “Les Plages d’Agnès”, da cineasta Agnès Varda. A obra, que dialoga com os temas presentes na exposição, como a memória e a natureza, será projetada em uma área externa da galeria.

Uma experiência cultural completa

O evento, com entrada gratuita, é uma oportunidade para os amantes da arte e do cinema vivenciarem uma experiência única. A combinação da visita guiada à exposição, do happy hour e da sessão de cinema ao ar livre promete uma noite repleta de cultura e emoção.

Conclusão

Não perca essa oportunidade de se conectar com a arte e a natureza em Belo Horizonte. Visite a Galeria Mama Cadela nesta quinta-feira (5) e participe do Cine Manga.

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MAM São Paulo inaugura 38º Panorama da Arte Brasileira
Ele se chama Bilibeu. Ou Santo Bilibeu, ou ainda Bilibreu. Esculpido em madeira e retinto como o breu, o santo é festejado todos os anos, na Baixada Maranhense, entre as cidades de Viana, Matinha e Penalva. As pessoas que o cultuam foram por décadas chamadas de ‘caboclos’ e apontadas pejorativemente como ‘os índios’. Foi em novembro 2014 que “os índios” passaram a reivindicar perante o Estado e a sociedade envolvente uma identidade indígena específica (não mais genérica). Os Akroá Gamella sempre esteveram ali, demarcando suas terras com os pés, como eles mesmo dizem, e utlizando os recursos naturais, sob regras específicas, com o intuito de preservar a natureza e manter a sua subsistência físisca e simblólica. Foi em segredo mantiveram vivos Entidades que sobreviveram à censura identitária e ao racismo. Bilibeu foi um deles, o mais conhecido de todo os Encantados locais. São Bilibeu perseverou ao silenciamento e permaneceu preservado publicamente porque ficou mimetizado dentro das comemorações do carnaval. Nesse período em que “tudo pode”, Bilibeu pode existir e sair às ruas num festejo que dura 4 dias, no qual dezenas de crianças e adultos pintados de carvão, marcham durante dez ou doze horas, incorporando os ‘cachorros de Bilibeu’ que, de casa em casa, de aldeia em aldeia, caçam. A matilha de cachorros e cachorras, sob orientação de um chefe, o ‘gato maracajá’, caçam comida e bebida para oferecer ao santo que em um determinando momento do ritual morre, é enterrado, sob o choro de mulheres, e renasce na manhã seguinte para continuar dando fartura e fertilidade ao povo Akroá Gamella. Se antes, era celebrado no carnaval, hoje o povo Akroá Gamella, escolheu outra data para o ritual. O dia 30 de abril é, desde de 2019, a data em que Bilibeu é cultuado. Bilibeu definitivamente não é uma festa, é um rito. Um rito que agora marca um evento de muita dor, tristeza e revolta. Pois foi nesse dia, no ano de 2017, que