CBL e Theatro Municipal seguem com a programação da série Encontro com Autores do Prêmio Jabuti, destacando distopia e ativismo na linguagem

CBL e Theatro Municipal seguem com a programação da série Encontro com Autores do Prêmio Jabuti, destacando distopia e ativismo na linguagem

A série, que foi aberta pela homenageada do Prêmio Jabuti deste ano, a filósofa e ativista Sueli Carneiro, traz agora Ignácio de Loyola Brandão e Felipe Castilho para falarem de distopia na literatura brasileira nesta próxima quinta-feira, 6/10

Na quinzena seguinte, dia 19/10, quarta-feira, Amara Moira, Monique Malcher e Eliane Potiguara falam sobre experimentação da linguagem, criação literária e ativismo, com mediação de Bel Santos-Mayer. Os encontros são gratuitos e acontecem no Salão Nobre do Theatro Municipal

O Theatro Municipal de São Paulo segue com a programação da série Encontros com Autores e, neste mês de outubro, o Salão Nobre do Theatro recebe os escritores Ignácio de Loyola Brandão e Felipe Castilho. Realizado em parceria com a Câmara Brasileira do Livro como parte da celebração da 64ª. edição do Prêmio Jabuti, programa tem o intuito de diversificar as linguagens apresentadas na casa e aproximar público e escritores contemporâneos para um debate informal sobre suas obras e os assuntos que os movem e, ainda esse mês, vai contar com a presença de Amara Moira, Monique Malcher e Elaine Potiguara sob a mediação de Bel Santos-Mayer para falar de experimentação da linguagem, criação literária e ativismo. 

Ignácio de Loyola Brandão, 86 anos, é contista, romancista e jornalista brasileiro. Membro da Academia Brasileira de Letras, ele foi homenageado em 2021 pelo Prêmio Jabuti como  Personalidade Literária. O escritor que, em 2018, lançou o romance cujo enredo vislumbrou um país arrasado, no qual o futuro se confunde com um passado remoto, não civilizado – “Desta Terra Nada Vai Sobrar, a Não Ser o Vento que Sopra Sobre Ela” – acaba de lançar “Deus, O Que Quer de Nós?”. (2022), sequência de “Desta Terra Nada Vai Sobrar, a Não Ser o Vento que Sopra Sobre Ela” (2018) e, juntos, formam uma tetralogia distópica com “Não Verás País Nenhum” (1981) e “Zero” (1974), publicado inicialmente na Itália e que chegou a ser proibido nos tempos da ditadura militar. Nele, o personagem principal, José, em meio a um contexto de insegurança iminente com direitos suspensos, desenha o caos do período ditatorial numa narrativa com estrutura que faz referência ao caos do período e que questiona o silenciamento imposto. 

Apesar do tom crítico, as distopias de Ignácio de Loyola Brandão têm como marca o bom-humor e, para debater com o escritor, o convidado é Felipe Castilho, autor de livros de fantasia que travam um diálogo com a cultura pop e o universo jovem. Famoso pela série “O legado folclórico”, que une mitologia brasileira com o mundo dos videogames, foi indicado duas vezes ao Prêmio Jabuti. A primeira, com a obra “Savana de Pedra”, em 2017, na categoria Histórias em Quadrinhos – na qual traça um paralelo entre a vida selvagem da selva africana e a violência da vida nas metrópoles durante a ocupação das escolas públicas em meados de 2016, ponderando o interesse da mídia na divulgação de ambos os eventos – e, a segunda, com a obra “Serpentário”, em 2020, na categoria Romance de Entretenimento. 

“Felipe Castilho e Ignácio de Loyola Brandão representam um veio fecundo na literatura brasileira. Os ‘Caminhos distópicos’ que eles percorrerão em suas conversas nos levarão ao centro de suas obras, mas também ao núcleo de nossos dilemas”, afirma Marcos Marcionilo, curador do prêmio Jabuti. E completa: “Sua conversa nos ‘Encontros com autores’ do Theatro Municipal será o melhor momento para nos vermos no espelho da literatura contemporânea”.

A atividade é aberta ao público de forma gratuita, por ordem de chegada e a mediação será de Luiz Trigo, Professor titular da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo e membro do conselho do Prêmio Jabuti.

Serviço:
Encontro com Escritores “Caminhos Distópicos” – Inácio de Loyola Brandão e Felipe Castilho, mediação de Luiz Trigo
06 de outubro, quinta-feira, 18h
Theatro Municipal – Salão Nobre, às 18h

Classificação livre
Capacidade 200 lugares
Duração aproximadamente 90 minutos
Entrada livre e gratuita, por ordem de chegada até atingir a capacidade

Próximos Encontros com Autores previstos:

19 de outubro, quarta-feira, 18h — “Ouça Minha Voz, Leia Minha Letra”

Encontro de Amara Moira, Monique Malcher e Eliane Potiguara com mediação de Bel Santos-Mayer

Experimentação da linguagem, caminhos da criação literária e ativismo se misturarão nessa conversa entre nomes de destaque na literatura brasileira contemporânea. Doutora em teoria literária, Amara Moira é autora de “E se eu fosse puta” e do recente “Neca + 20 poemas travessos”. Monique Malcher venceu o Jabuti de 2021 na categoria Contos com “Flor de gume”. Eliane Potiguara, referência na arte produzida por indígenas, assina, entre outros, “A cura da terra”. Quem mediará o papo será a educadora social e mediadora de leitura Bel Santos Mayer, integrante do Conselho Curador da 64ª edição do Prêmio Jabuti.

04/11, às 18h. Mesa: A informação entre milícias e guerrilhas

Participantes: Bruno Paes Manso e Mário Magalhães

A informação é pilar fundamental de uma sociedade democrática. Os jornalistas Bruno Paes Manso e Mário Magalhães sabem muito bem disso. Trabalhos de fôlego, publicados em livros, já renderam aos dois troféus do Jabuti na categoria Biografia e Reportagem. Mário foi agraciado em 2013 graças a “Marighella – o guerrilheiro que incendiou o mundo”. Bruno, por sua vez, ficou com o prêmio em 2021 por conta de “A república das milícias: dos esquadrões da morte ao governo Bolsonaro”. A editora Camile Mendrot, integrante do Conselho Curador da 64ª edição do Prêmio Jabuti, mediará esse papo sobre o papel crucial do bom jornalismo.

09/11, às 18h. Mesa: Uma história de muitas vidas

Participantes: Drauzio Varella e Rodrigo Casarin

Drauzio Varella conquistou o respeito e a admiração do grande público ao compartilhar, numa linguagem acessível, todo o seu conhecimento sobre o universo da saúde. Mas Drauzio é bem mais do que um médico amplamente reconhecido pelo didatismo. Como escritor, venceu o Jabuti de Livro do Ano na categoria Não Ficção em 2000, com “Estação Carandiru”. Por meio dos livros, também já compartilhou a sua paixão pela corrida e agora repassa a própria trajetória no autobiográfico “O exercício da incerteza”. Drauzio papeará com o jornalista Rodrigo Casarin, integrante do Conselho Curador da 64ª edição do Prêmio Jabuti.

SOBRE O COMPLEXO THEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULO

O Theatro Municipal de São Paulo é um equipamento da Prefeitura da Cidade de São Paulo ligado à Secretaria Municipal de Cultura e à Fundação Theatro Municipal de São Paulo.

O edifício do Theatro Municipal de São Paulo, assinado pelo escritório Ramos de Azevedo em colaboração com os italianos Claudio Rossi e Domiziano Rossi, foi inaugurado em 12 de setembro de 1911. Trata-se de um edifício histórico, patrimônio tombado, intrinsecamente ligado ao aperfeiçoamento da música, da dança e da ópera no Brasil. O Theatro Municipal de São Paulo abrange um importante patrimônio arquitetônico, corpos artísticos permanentes e é vocacionado à ópera, à música sinfônica orquestral e coral, à dança contemporânea e aberto a múltiplas linguagens conectadas com o mundo atual (teatro, cinema, literatura, música contemporânea, moda, música popular, outras linguagens do corpo, dentre outras). Oferece diversidade de programação e busca atrair um público variado.

Além do edifício do Theatro, o Complexo Theatro Municipal também conta com o edifício da Praça das Artes, concebido para ser sede dos Corpos Artísticos e da Escola de Dança e da Escola Municipal de Música de São Paulo.

Sua concepção teve como premissa desenhar uma área que abraçasse o antigo prédio tombado do Conservatório Dramático e Musical de São Paulo e que constituísse um edifício moderno e uma praça aberta ao público que circula na área.

Inaugurado em dezembro de 2012 em uma área de 29 mil m², o projeto vencedor dos prêmios APCA e ICON AWARDS é resultado da parceria do arquiteto Marcos Cartum (Núcleo de Projetos de Equipamentos Culturais da Secretaria da Cultura) com o escritório paulistano Brasil Arquitetura, de Francisco Fanucci e Marcelo Ferraz.

Patrocinadores do Complexo Theatro Municipal de São Paulo – Sustenidos: Nubank, Bradesco e Visa.

SOBRE A SUSTENIDOS

A Sustenidos é a organização responsável pela gestão do Conservatório Dramático e Musical de Tatuí e do Theatro Municipal de São Paulo, dos programas Musicou, Som na Estrada, e MOVE (Musicians and Organizers Volunteer Exchange); e pelos festivais Ethno Brazil e Imagine. Foi responsável pela gestão do Projeto Guri, programa de ensino musical, no litoral e no interior do Estado de São Paulo, incluindo os polos da Fundação CASA, de 2004 a 2021. Além do Governo de São Paulo, a Sustenidos, eleita a Melhor ONG de Cultura de 2018, conta com o apoio de prefeituras, organizações sociais, empresas e pessoas físicas. Instituições interessadas em investir na Sustenidos, contribuindo para o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes, têm suporte fiscal da Lei Federal de Incentivo à Cultura e do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (FUMCAD). Pessoas físicas também podem ajudar. Saiba como contribuir no site da Sustenidos.

Quem apoia nossos projetos: Nubank, Visa, Bradesco, CTG Brasil, CCR, Sabesp, Grupo Maringá, SulAmérica, Microsoft, Bayer, CSN, Novelis, Blau, Cipatex, Eixo SP, Rodovias do Tietê, Faber-Castell, WestRock, SKY, BTP, CNH Industrial, Supermercados Tauste e Castelo Alimentos.

Patrocinador do projeto Municipal Circula: Nubank.

SOBRE A CBL

A Câmara Brasileira do Livro (CBL) é uma associação sem fins lucrativos que representa editores, livreiros, distribuidores e demais profissionais do setor. Há 76 anos, atua em diversas frentes sempre com o propósito de promover o acesso ao livro e a democratização da leitura em todo o país, além de divulgar a literatura brasileira no mercado internacional. Desde março de 2020, a CBL é a Agência Nacional do ISBN e, no mesmo período, lançou uma plataforma digital que reúne seus serviços de maneira integrada e dinâmica. Outra atuação forte da entidade está ligada a uma agenda de relacionamento com as mais diversas esferas públicas e governamentais para debater pautas e políticas importantes para o setor. Todas as suas ações são pensadas com um olhar estratégico e sensível de quem acredita no poder transformador dos livros para a sociedade.

No Brasil, a entidade criou e mantém alguns dos mais importantes eventos literários do país, como a Bienal Internacional do Livro de São Paulo, além da maior e mais tradicional premiação do livro brasileiro, o Prêmio Jabuti. Anualmente, a CBL publica estudos que trazem panoramas do mercado do livro no país, como as pesquisas Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro e sua série histórica, além da Conteúdo Digital do Setor Editorial Brasileiro. 

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