Cantora e compositora Juliana Maia faz única apresentação em 4 de junho, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro

Cantora e compositora Juliana Maia faz única apresentação em 4 de junho, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro

Acompanhada pelo grupo câmara da Orquestra Petrobras Sinfônica, artista celebra 15 anos de trajetória musical e como empreendedora cultural e social

Para celebrar seus 15 anos de carreira, a cantora Juliana Maia sobe ao palco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro no dia 4 de junho (terça, às 19h), acompanhada por sua banda e pelo grupo de câmara da Orquestra Petrobras Sinfônica. Primeira artista do Sul Fluminense a se apresentar no tradicional teatro carioca, Juliana promete uma noite dedicada às clássicas canções de sua terra natal, Conservatória, conhecida como a Cidade da Seresta, enaltecendo cantoras também valencianas como Clementina de Jesus e Rosinha de Valença.

No repertório do espetáculo “15 Anos de Canções e Memórias”, estão obras que marcaram sua trajetória musical em releituras de um território vanguardista, além de composições autorais. Todos os arranjos são de Matheus Maciel, violonista e produtor musical que acompanha Juliana Maia há dois anos.

Músicas como “Chão de Estrelas”, célebre canção de Sílvio Caldas a partir do poema de Orestes Barbosa, originalmente gravada em 1937, e “Tico Tico no Fubá”, clássico e Carmen Miranda, composta por Zequinha de Abreu, não poderiam ficar de fora do programa. Afinal, a primeira é considerada o “hino das serestas” e a segunda, vem de uma memória afetiva de Juliana, que estrelou um musical dedicado à obra da Pequena Notável, além de integrar o Bloco da Carmen e ter cantado na reinauguração do Museu Carmen Miranda, no ano passado. Canções de Dolores Duran, Clementina de Jesus, Gonzaguinha, Milton Nascimento e muitos outros também fazem parte do espetáculo.

O destaque do show são as músicas autorais de Juliana, escritas em parceria com compositor amazonense Eduardo Branco. Entre elas está o bolero “Descobrir”, que fará parte de seu próximo álbum, gravado em português e espanhol; “Trem da Alegria”, que faz parte do musical infantil “Juju e a locomotiva encantada”, voltado para toda a família, e “Conservatória”, dedicada à sua cidade natal.

O show, que também reverencia a memória da matriarca Tia Tetê, do Quilombo São José da Serra, conta com a participação de três jovens músicos (a violoncelista Isadora Dias, o clarinetista Lucas Amorim e a oradora Katarina Vitória) da Orquestra Harmônicos de Conservatória, que faz parte do projeto socioeducativo em que Juliana está à frente, no centro cultural que leva seu nome, fundado em 2015, além do Teatro Sonora, um ícone de resistência cultural e turístico no Vale do Café.

“São 15 anos de trajetória. Estou no ápice da minha carreira artística e tocar no Theatro Municipal é a plena certeza que consegui superar inúmeros obstáculos, como o fato de eu ser uma artista do interior. Conservatória é distante do Rio não apenas geograficamente. Me sinto uma representante das mulheres do interior. Nesse show não comemoro somente com minha voz. Celebro o que represento para meu repertório”, enfatiza a cantora.

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