Brasil apresenta (RE)INVENÇÃO na Bienal de Veneza 2025

A participação do Brasil na Bienal de Arquitetura de Veneza 2025 será marcada pela exposição (RE)INVENÇÃO, uma proposta da Fundação Bienal de São Paulo com curadoria do Plano Coletivo. A mostra ocupa o Pavilhão do Brasil entre 10 de maio e 23 de novembro de 2025 e aborda a relação entre natureza e contemporaneidade, tema central da proposta curatorial. A frase-chave “Bienal de Arquitetura de Veneza 2025” está no centro da proposta e do conteúdo desta notícia.
(RE)INVENÇÃO na Bienal de Arquitetura de Veneza 2025
Sob a curadoria dos arquitetos Luciana Saboia, Eder Alencar e Matheus Seco, integrantes do grupo Plano Coletivo, a mostra propõe uma releitura da infraestrutura urbana a partir do conhecimento ancestral e de práticas contemporâneas. O projeto investiga o equilíbrio entre o ambiente natural e as ações humanas, destacando soluções arquitetônicas inovadoras e sustentáveis.
O primeiro ato da exposição se volta às infraestruturas ancestrais da Amazônia, revelando como populações indígenas moldaram o território com técnicas de manejo ambiental e conhecimento técnico. Esses saberes milenares são apresentados como alternativas para repensar a urbanização atual.
No segundo ato, o foco se desloca para estratégias arquitetônicas contemporâneas que dialogam com o espaço urbano existente, valorizando práticas que criam identidades locais e incentivam a reinvenção do cotidiano urbano.
Arquitetura e sustentabilidade em diálogo com o futuro
Entre os destaques da exposição está a Plataforma-Jardim, que substitui espécies exóticas por plantas nativas do Cerrado, evidenciando um paisagismo adaptado à sazonalidade. Essa intervenção concreta expressa a busca por soluções baseadas na natureza e no contexto local.
O projeto ainda propõe um olhar simbólico sobre a infraestrutura, indo além do aspecto funcional e destacando seu papel social. A instalação do pavilhão foi concebida para ser desmontada e reutilizada, reforçando o compromisso com a sustentabilidade.
Andrea Pinheiro, presidente da Fundação Bienal de São Paulo, enfatiza que (RE)INVENÇÃO convida a sociedade a repensar sua relação com o meio ambiente e aprender com os povos originários. A proposta brasileira dialoga com o tema geral da edição, “Intelligens. Natural. Artificial. Collective.”, proposto pelo curador Carlo Ratti.
Com apoio do Ministério da Cultura e do Itamaraty, a mostra reafirma o protagonismo brasileiro na discussão global sobre arquitetura, clima e justiça ambiental.