BOA.pocket! exibe três óperas inéditas nacionais na Sala Mario Tavares no dia 10 de dezembro, com direção artística de  Mario Ferraro

BOA.pocket! exibe três óperas inéditas nacionais na Sala Mario Tavares no dia 10 de dezembro, com direção artística de  Mario Ferraro

A Secretaria de Economia Criativa, o Governo do Estado do Rio de Janeiro e o Theatro Municipal do Rio de Janeiro apresentam

No dia 10 de dezembro, sábado, a partir das 17h, no palco da Sala Mario Tavares (no prédio anexo do Theatro Municipal do Rio de Janeiro), será realizada a primeira edição da BOA.pocket!. A mostra vai apresentar três óperas inéditas de curta duração, assinadas por uma equipe criativa de peso que reúne grandes nomes como Arrigo Barnabé, Karen Acioly, Armando Lôbo, Guilherme Gontijo Flores e Mario Ferraro – o idealizador do projeto. 

Boa.pocket! é a versão “de bolso” da BOA: Bienal de Ópera Atual, patrocinada pela Funarte em 2016.  Grande sucesso de público e crítica, a BOA apresentou óperas inéditas de compositores brasileiros, marcando a história recente da ópera no Brasil.

As óperas

Larilá, ópera infanto juvenil de Arrigo Barnabé, com libreto e encenação de Karen Acioly, conta a história da menina Larilá – moradora de uma comunidade-  que vende mariolas nos sinais de trânsito. Seu maior desejo é poder se alimentar para além do pão nosso de cada dia, de livros, histórias e conhecimento. A ópera, inspirada em fatos reais, conta com a participação especial das crianças Arthur Pollard e Manuela Percegoni, do coral infantil da Escola de Música da UFRJ.

Dadá é uma ópera sobre o ceticismo convulso. Tem música e libreto de Armando Lôbo e faz uma leitura completamente livre e especulativa da situação psicológica de Dadá, companheira do cangaceiro Corisco, e de Justina, sua afilhada fictícia. Uma recriação poética e inusitada que explora a ambiguidade das personagens, a partir de alguns episódios da vida madura de Dadá. A obra põe em choque visões de mundo distintas, sem apontar caminhos senão os do assombro.

Protocolares, ópera de Mario Ferraro sobre libreto de Guilherme Gontijo Flores, é um diálogo em tom humorístico e veloz com a linguagem carnavalesca encontrada na obra do escritor renascentista François Rabelais. Como numa novela de cavalaria que não obedece a regras de tempo e espaço, narra as três missões de um servidor público no Brasil, que decide cumprir ao pé da letra tudo que lhe é pedido, segundo os prazos dados, mesmo que contrarie qualquer lógica da razoabilidade. Aventura delirante, mistura ao universo carioca burocracia, violência e gargalhada satírica.

O elenco musical, sob a regência de Priscila Bomfim, reúne os renomados cantores Homero Velho, Andressa Inacio, Camila Marliere, Guilherme Moreira. e as crianças Manoela Percegoni e Arthur Pollard, acompanhados por uma orquestra formada por 6 músicos também de excelência.

A proposta da Boa.pocket! é trazer o evento de volta aos palcos da cidade neste período de retomada cultural. “Queremos dar espaço a criações originais que tratem de temas atuais e se desvinculem da ópera tradicional, dialogando francamente com a contemporaneidade,” explica Ferraro.

Equipe criativa:

Priscila Bomfim

Priscila é pianista e maestra no Theatro Municipal do Rio de Janeiro – onde também foi a primeira mulher e diretora musical a reger óperas. Dirigiu concertos com as Orquestras: Petrobrás Sinfônica (OPES), Sinfônica Brasileira (OSB), Sinfônica de Porto Alegre (OSPA), Academia de Ópera do Theatro São Pedro (SP). Uma das seis maestras escolhidas para participar da 4ª Residência do Linda and Mitch Hart Institute para Mulheres Regentes, do The Dallas Opera (Texas/EUA). Participou da fundação da Orquestra Sinfônica de Mulheres do Brasil e é regente da Orquestra Sinfônica Juvenil Carioca Chiquinha Gonzaga, grupo formado por alunas da rede pública do Rio de Janeiro. Estudou sob a orientação dos maestros Leonid Grin (Chile), Alexander Polianychko (Rússia), Fabio Mechetti, Abel Rocha, Isaac Karabtchevsky (Brasil), Neeme Järvi e Paavo Järvi (Estônia), além de sua formação com o maestro Ernani Aguiar.

Arrigo Barnabé

Surge na cena musical brasileira em 1979, no Festival Universitário da TV Cultura. Em 1980, lança o LP Clara Crocodilo, marco inicial da Vanguarda Paulistana. Em 1984, lança o LP Tubarões Voadores. Colaborou com cineastas como Rogério Sganzerla e Chico Botelho (ator e compositor de trilha sonora). Compõe óperas (O Homem dos Crocodilos, 22 Antes e Depois, Até que se Apaguem os Avisos Luminosos), missas (Missa in memoriam Arthur Bispo do Rosário, Missa in memoriam Itamar Assumpção, MISSA NÓIA) e música para percussão e piano. Apresenta, desde 2004, o programa Supertônica, na Rádio Cultura FM. 

Karen Acioly 

Multiartista carioca, inventa histórias para crianças de todas as idades em livros, peças de teatro, óperas, filmes, desenhos animados e festivais. Doutoranda e mestra em Educação (UFF) com pós-graduação em literatura infantil e juvenil, maîtrise em teatro (Sorbonne) e mestranda em Mídias Criativas (UFRJ). Escreveu roteiros, libretos, mais de 30 peças teatrais e encenou a maioria delas. Recebeu diversos prêmios em literatura infantojuvenil (FNLIJ) e teatro. É criadora , diretora geral e curadora do FIL – Festival Internacional Intercâmbio de Linguagens, pioneiro festival multidisciplinar, em sua vigésima edição.

Armando Lôbo

Compositor e multiartista pernambucano, Armando Lôbo desenvolve e participa de projetos de artes combinadas, unindo literatura, música, performance e vídeo. Lançou cinco  álbuns que receberam cotação máxima da imprensa especializada. Sua obra tem sido executada por relevantes grupos no Brasil, Europa e Estados Unidos. Em 2020, criou a Companhia de Micro-óperas (CO.MO) que desenvolve projetos operísticos audiovisuais, como as vídeo-óperas Penélope 19 (2020) e Último Dia (2021). Armando Lôbo é Ph.D. em Composição Musical pela Universidade de Edimburgo, Reino Unido. 

Mario Ferraro

A música de Mario Ferraro tem sido tocada em várias partes do mundo por músicos da Royal Academy of Music (Londres), London Sinfonietta, Nieuw Ensemble (Amsterdam), Contemporaneous (EUA), Quinteto de Villa-Lobos, ABSTRAI Ensemble, entre outros. Sua carreira internacional foi amplamente desenvolvida durante sua estadia em Londres para seu Doutorado em Música na City University of London (2007-2012), e muitos de seus trabalhos foram estreados por lá, incluindo a ópera de câmara “The Moonflower”, em 2011. Sua primeira ópera para crianças, “O Comedor de Nuvens”, também estreou em Londres e no Rio de Janeiro, em 2013. Premiado em várias ocasiões em concursos de composição clássica no Brasil, o compositor apresentou “Medeia”, sua terceira ópera, no Rio, em 2016. Ferraro é professor de música na Universidade Federal do Rio de Janeiro (Colégio de Aplicação) desde 2003.

Guilherme Gontijo Flores

Poeta, tradutor e professor na UFPR, Guilherme Gontijo Flores é autor dos poemas de ”carvão :: capim” (2017-2018), “Todos os nomes que talvez tivéssemos” (2020) e “avessa: áporo-antígona (2020)”, além do romance “História de Joia” (2019); traduziu obras de Safo, Calímaco, Horácio, Propércio, Rabelais, Robert Burton, Milton, Mallarmé e Celan, entre outros. Publicou os ensaios “Algo infiel: corpo performance tradução” (com Rodrigo Gonçalves) e “A mulher ventriloquada”; e o livro infanto-juvenil “A Mancha” e o projeto multimídia “Coestelário” (ambos com o artista visual Daniel Kondo). É coeditor do blog-revista Escamandro e membro do grupo de performance em tradução Pecora Loca.

Programação Boa.pocket!

Local: Sala Mario Tavares 

Endereço: Av. Alm. Barroso, 14/16 – Centro, Rio de Janeiro

Horário: 17h

Duração: 25 min cada ópera, intervalos de 10 minutos

Entrada Franca

Criação e Direção Geral: Mario Ferraro

Direção Musical e Regência: Priscila Bonfim

“Larilá”: ópera de Arrigo Barnabé; libreto e direção cênica de Karen Acioly

“Dadá”: ópera, libreto e direção cênica de Armando Lôbo

“Protocolares”: ópera e direção cênica de Mário Ferraro; libreto de Guilherme Gontijo Flores

Elenco:

Andressa Inacio, mezzo-soprano

Camila Marliere, soprano 

Guilherme Moreira, tenor

Homero Velho, barítono

Crianças: Manoela Percegoni e Arthur Pollard

Orquestra:

Acordeon e sintetizador: Antonio Guerra

Clarinete e clarone: Cesar Bonan

Violoncelo: Daniel Silva e Silva

Guitarra e baixo elétricos, violão: Fábio Adour

Bateria e percussão: Tiago Calderano

Trompete: Jessé Sadoc

Produção:

Direção de Produção: Mariana Chew

Assessoria de Imprensa: Cristiana Lobo

Fotografia: André Pinnola

Mídias Sociais: Gabi Siqueira

Designer Gráfico: Nilton Prado

Iluminação: Fernanda Mattos

Sonorização: Pro Audio

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