Artistas negras refletem sobre representatividade e igualdade

Artistas negras refletem sobre representatividade e igualdade

No Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, artistas negras destacam a importância da representatividade e do protagonismo em suas áreas. A data, criada na década de 1970 pelo Grupo Palmares, homenageia Zumbi dos Palmares e reforça a luta por igualdade e valorização da cultura negra no Brasil.

Atriz Bia Santana celebra protagonismo nas telinhas

Bia Santana, atriz da novela “Volta por Cima”, da Rede Globo, é um dos destaques dessa discussão. Em depoimento, ela enfatiza o impacto de ver protagonistas negros em papéis de destaque. “É poderoso, mas espero que isso não seja passageiro. Que se torne comum e parte de uma revolução constante”, declarou Bia, que interpreta a jovem Tati, mostrando o cotidiano de uma família brasileira.

Modelos negras e os desafios no mercado da moda

Modelos da agência Mix Models Agency compartilham as barreiras enfrentadas no mercado. Juliana Nalú, criadora do projeto social Favela Seeds, enfatiza: “Quero ampliar os espaços para pessoas pretas, mostrando que resistência e persistência vencem.”

Rojane Fradique, a primeira top model careca no Brasil, destaca a importância de honrar as raízes. “Consciência Negra é um mergulho nas memórias de luta e resistência que nos trouxeram até aqui”, disse a baiana, que iniciou sua carreira aos 16 anos.

Necessidade de oportunidades igualitárias

Juliana Menezes ressalta que o protagonismo negro nas mídias ainda é limitado. “Precisamos estar 10 passos à frente para conseguir espaço. É fundamental fomentar a capacitação e oferecer oportunidades igualitárias para artistas negros”, afirmou.

Já Ana Patrocínio relata como o reconhecimento como mulher preta fortaleceu sua carreira na moda: “Minha força veio ao ver jovens se inspirarem em mim. Isso me motiva a continuar.”

As trajetórias dessas artistas são um lembrete da relevância da luta por inclusão e igualdade. A presença de mulheres negras em destaque inspira novas gerações e reforça a necessidade de ações contínuas para combater o racismo estrutural.

marramaqueadmin