O Rock in Rio é um evento que celebra a diversidade de músicas, artistas e gêneros, e sua edição mais recente não foi exceção. Com uma line-up repleta de talentos, o festival contou com artistas LGBTQIA+ que não apenas cativaram o público com suas performances, mas também trouxeram representatividade para o evento. Por isso, o Museu da Diversidade Sexual, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas de São Paulo, fez uma curadoria de artistas que vale a pena ficar de olho mesmo após o festival.
Saiba mais sobre os artistas da comunidade LGBTQIA+ que se apresentaram na última edição do Rock in Rio:
Sambaiana
O grupo feminino, formado por seis mulheres LGBTQIA+ em Salvador, nasceu em uma roda informal de samba. Hoje, elas reúnem em seu repertório músicas de samba contemporâneo, com influências do axé, da música nordestina e do afropop. Neste ano, o grupo lançou o álbum ‘Sambaiana – Ao Vivo no Rio Vermelho’.
Katú Mirim
Além de rapper e cantora, Katú é compositora e ativista das causas indígenas e LGBTQIA+. Seu estilo musical transita entre o rap e o rock, com letras que falam de política, vivência indígena, luta e orientação sexual. Ela também já gravou com o Taboo, rapper indígena do grupo Black Eyed Peas.
Ludmilla
Com mais de dez anos de carreira, a cantora se tornou ainda mais popular após lançar seu projeto de pagode, ‘Numanice’, e, mais recentemente, ‘Numanice #2’. Ludmilla foi uma das atrações do primeiro dia do festival, onde cantou grandes sucessos como ‘Onda Diferente’, ‘Maldivas’ e ‘Cheguei’.”
Thiago Pantaleão
O cantor e dançarino ganhou notoriedade ao viralizar nas redes sociais vestindo as roupas costuradas por sua mãe durante a pandemia. Ele lançou seu primeiro álbum, intitulado “Fim do Mundo” em 2022. Em suas canções, Thiago canta sobre autoaceitação, empoderamento, amor e a luta contra o preconceito.
Jão
Popular no meio da música pop, Jão está em grande fase de sua carreira. Recentemente, o cantor vendeu mais de 80 mil ingressos e lotou o estádio Allianz Park com o show de sua “Superturnê”. Em seus shows, costuma fazer grandes apresentações performáticas, enquanto canta sobre desilusões amorosas, juventude, melancolia e amor.
Gloria Groove
A drag queen também está em grande fase com seu novo projeto “Serenata da GG – Vol. 1”. Gloria consegue transitar pelo hip-hop, funk, pop e pagode, e é bastante reconhecida por sua versatilidade. Em 2022, se tornou a drag queen mais ouvida no mundo, quando seu álbum “Lady Leste” alcançou mais de 500 milhões de streams nas plataformas musicais.
Pedro Sampaio
O produtor, DJ, cantor e compositor Pedro Sampaio alcançou a fama após fazer parcerias com nomes reconhecidos nacionalmente, como Anitta, Luisa Sonza e Pabllo Vittar. Hoje, conta com mais de 2 bilhões de reproduções digitais em suas músicas.
Luedji Luna
Nascida em Salvador, Luedji foi uma das estrelas do “Dia Delas” do Rock In Rio. A cantora reúne em suas canções um pouco de jazz com MPB. Em 2022, foi nomeada ao Grammy Latino com seu álbum “Bom Mesmo É Estar Debaixo d’Água”.
Curol
Uma das DJs mais escutas mundialmente na atualidade, a brasileira Curol já alcançou a primeira posição no Beatport, maior plataforma de venda de singles de DJs do mundo. Em suas músicas, a artista mistura música eletrônica com alguns elementos da música africana.
Ashibah
A DJ, cantora, compositora e produtora dinamarquesa tem mais de dez anos de carreira e se tornou reconhecida por trazer elementos energéticos com vocais fortes em seus sets. Na música eletrônica, é consolidada nos estilos House e Deep House.
Brisa Flow
A cantora indígena, filha de imigrantes chilenos e nascida em Minas Gerais, mistura elementos do hip hop, rap e música indígena. Em suas letras, canta sobre amor, feminismo, a força da natureza, bissexualidade e maternidade.
Juliana Linhares
A artista faz parte dos grupos Pietá e Iara Ira. Começou seu projeto solo em 2021, com o lançamento do álbum “Nordeste Ficção”, que conta com grandes participações de Chico César e Zeca Baleiro. Juliana também é atriz e já teve músicas em novelas recentes da Globo, como Mar do Sertão e Renascer.
Majur
Misturando R&B e MPB em suas músicas, Majur já gravou com Emicida, Liniker e Xamã. Ela canta sobre amor, autoconhecimento e autodescoberta na jornada trans. No Rock In Rio, participou do “Dia Brasil”, na homenagem “Para Sempre MPB”.
Lulu Santos
Dono de grandes sucessos como “Toda Forma de Amor”, “O último romântico” e “Tempos Modernos”, Lulu Santos é um dos artistas mais consolidados da música brasileira. Neste ano, lançou o álbum “Atemporal” com remixes de algumas de suas músicas com a releitura de outros artistas dessa lista, como Pedro Sampaio e Luedji Luna.
Ney Matogrosso
Com décadas de carreira, Ney Matogrosso é um dos cantores mais conhecidos do Brasil, e segue presente em diversos festivais e fazendo shows pelo país. Além do Rock in Rio, se apresentou recentemente no Allianz Park, com o grande show “Bloco na Rua – Ginga pra Dar & Vender”.
Daniela Mercury
A rainha do axé também se apresentou no “Dia Brasil” do Rock in Rio. A cantora começou sua carreira nos anos 90 e é a voz de grandes sucessos, como “O Canto da Cidade” e “Rapunzel”. No ano passado, lançou o álbum “Eu Sou o Carnaval (Ao Vivo).
“A presença desses artistas em um espaço tão importante não apenas significa um marco para a população LGBTQIA+, mas também é necessária para que os jovens dessa comunidade, especialmente aqueles inclinados a carreiras artísticas, sintam-se inspirados e encontrem referências nas quais possam se espelhar. Como Museu da Diversidade, temos a missão de celebrar todas as formas de arte, e a música, sem dúvida, ocupa um lugar especial como uma das mais populares e amadas” comenta Tony Boita, Gerente de Conteúdo do Museu da Diversidade Sexual.
Sobre o Museu da Diversidade Sexual
O Museu da Diversidade Sexual de São Paulo, é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, destinada à memória, arte, cultura, acolhimento, valorização da vida, agenciamento e desenvolvimento de pesquisas envolvendo a comunidade LGBTQIA+ – contemplando a diversidade de siglas que constroem hoje o MDS – e seu reconhecimento pela sociedade brasileira. Trata-se de um museu que nasce e vive a partir do diálogo com movimentos sociais LGBTQIA+, se propõe a discutir a diversidade sexual e de gênero e tem, em sua trajetória, a luta pela dignidade humana e promoção por direitos, atuando como um aparelho cultural para fins de transformação social.