Aimberê: A história dos povos originários no teatro brasileiro
Encerramento da temporada do espetáculo “Aimberê” no Centro Cultural Justiça Federal
O espetáculo “Aimberê”, que reconta a história da fundação do Rio de Janeiro pela ótica do guerreiro tamoio, encerra sua temporada neste domingo (28/07) no Centro Cultural Justiça Federal. Com texto de Ademir Martins, direção de Pedro Bárbara e atuação de Eli Emiliano Corrêa, a peça resgata as raízes das mazelas sociais que ainda nos afligem, a partir das lutas dos povos originários.
Aimberê: Um guerreiro tamoio no palco
Nossos antepassados, há mais de 500 anos, travaram batalhas em busca da sobrevivência. No entanto, historicamente, pouco se falou sobre esses movimentos de resistência. O espetáculo “Aimberê”, que encerra sua temporada neste domingo, faz parte de um conjunto crescente de obras cênicas que abordam a temática dos povos originários. A peça narra a história das invasões portuguesa e francesa na Guanabara e da fundação da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro pela perspectiva de Aimberê, guerreiro Tamoio do povo Tupinambá.
A jornada de Aimberê: Do passado ao presente
A dramaturgia de Ademir Martins coloca Aimberê contando sua própria história. Como herói-morto, ele enfrenta o desafio de ressurgir em terras cariocas em 2024, dentro do teatro. Este é descrito como uma casa mágica, um terreiro. O terreiro é o ponto de chegada e partida de Aimberê, onde ele se reconecta com o passado e dialoga com questões contemporâneas. No centro do terreiro, Aimberê enterra seus ancestrais e desenterra suas memórias.
Homenagem aos ancestrais
“O espetáculo é uma justa homenagem a esses guerreiros, nossos ancestrais, que, apesar de toda violência colonial, deixaram suas marcas na nossa existência”, descreve o ator e idealizador do projeto, Eli Emiliano Corrêa. “Cabe a nós conhecer, reconhecer e valorizar essa história. Aimberê, líder da Confederação dos Tamoios, ao contar sua trajetória, narra também a história do Rio de Janeiro e do Brasil contemporâneo, atualizando narrativas sobre as raízes das mazelas sociais que nos afligem até hoje”, completa.
Resgatando a história do Brasil
A peça resgata a história do Brasil a partir do século 16, durante a Guerra dos Tamoios. O monólogo reflete sobre a saga do herói brasileiro que persiste em lutar para ser reconhecido. A luta de Aimberê, silenciado na história do Brasil, se conecta à resistência da arte, que busca nas suas margens a força para continuar. “Este espetáculo é necessário porque temos fome de arte, cultura e revisionismo histórico”, declara Eli Emiliano Corrêa. “O público tem fome de educação, de boas histórias e de narrativas de qualidade que despertem emoções e agucem a sensibilidade.”
Ficha Técnica
Texto: Ademir Martins
Direção: Pedro Bárbara
Atuação: Eli Emiliano Corrêa
Cenários e Figurinos: Guilherme Reis
Preparação Vocal: Natalia Fiche
Iluminação: Fernanda Mantovani
Direção de Produção: Janaina Mendes
Assistente de Produção: Dulce Austin
Produção Executiva: Eli Emiliano Corrêa
Serviço
Espetáculo: Aimberê
Temporada: de 05 de julho a 28 de julho
Local: Centro Cultural Justiça Federal – Av. Rio Branco, 241 – Centro, Rio de Janeiro – RJ
Informações: (21) 976225565 (Ligação e WhatsApp) e email: elicorrea.bar@gmail.com
Dias e horários: sexta a domingo, às 19h
Ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada para idosos, estudantes, professores das redes públicas e particulares, classe teatral, PCD e indígenas).
Lotação: 125 lugares
Duração: 1h
Classificação etária: 14 anos
Venda de ingressos: pelo site Sympla (www.sympla.com.br/evento/aimbere-espetaculo-teatral-no-ccjf/2471210) e na bilheteria do centro cultural, a partir das 17h, nos dias de espetáculo.
Instagram: @aimbereteatro