O ATOR, QUE DÁ VIDA A DOM JOÃO VI, É O ENTREVISTADO DE MARCELO TAS NESTA TERÇA (6/9), NA TV CULTURA
Nesta terça-feira (6/9), Marcelo Tas conversa no Provoca com o ator Antonio Fagundes. No bate-papo, o intérprete de Dom João VI na nova minissérie da TV Cultura, IndependênciaS, comenta sobre sua atuação como rei e a produção dirigida por Luiz Fernando Carvalho; fala sobre a saída da TV Globo; como é trabalhar com as ex-mulheres e a atual; sua isenção partidária; entre outros assuntos. Vai ao ar na TV Cultura, a partir das 22h.
Tas pergunta para Fagundes se o nome da série já é uma provocação e ele comenta: “A história é do povo e não de um governo, não é de ninguém”. E Tas provoca: do que nós estamos independentes? “Desse poder que quer se apropriar, quer dizer que foi assim, não, nós não sabemos exatamente como foi e precisamos investigar, ir atrás, e trazer novas versões, visões. Qual é o ponto de vista do negro escravizado? Nós não temos esse registro, foi apagado da história do Brasil“, diz o ator.
Ele explica também no programa como foi entrar na pele do rei Dom João VI. “É uma visão diferenciada de D. João VI e a gente queria tirar, e acho que conseguimos fazer isso, a imagem caricatural dele, que é sempre comendo galinhas, cheio de gordura e meio bobo, e ele podia ter sido tudo na vida, menos idiota. Ele era um homem do seu tempo. O único monarca da Europa que resistiu e sobreviveu (…) a grande fuga de Portugal foi um golpe que D. João deu em Napoleão (…) é uma novidade essa visão que a gente vai trazer de que Dom João VI não é bem aquela caricatura que nós engolimos durante décadas“, diz Fagundes.
Sobre sua saída da Globo, o ator diz que acha legal a vida fora da emissora depois de 44 anos, mas vê um risco da TV aberta enfraquecer ou até desaparecer e o streaming não dar certo.
Fagundes fala também no Provoca sobre a diferença entre paixão e amor, e conta como é trabalhar com as ex-mulheres e a atual. “Quando o amor termina, a amizade não precisa terminar”, diz.
Por fim, Marcelo Tas pergunta o porquê do ator não fazer mais campanha política. “Deixei de me engajar partidariamente. Eu já fui muito usado em campanha e depois que ajudei a colocar a pessoa lá, não sou mais ouvido”, explica Fagundes.
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