TV Cultura destaca história do MAC USP em série inédita
ARTISTAS, ESPECIALISTAS E FIGURAS PÚBLICAS CONTAM SOBRE A TRAJETÓRIA DO MAC E SUAS CURIOSIDADES, NESTE SÁBADO (1/11), A PARTIR DAS 20H
O quinto episódio da série Museus de São Paulo, da TV Cultura, vai ao ar neste sábado (1/11), às 20h, mostrando a história do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC USP).
Fundado em 1963, a partir de obras do Museu de Arte Moderna de São Paulo, o MAC USP se consolidou como uma das principais entidades dedicadas à arte moderna e contemporânea da América Latina. O acervo composto por mais de 10 mil obras, produzidas por nomes fundamentais como Tarsila do Amaral, Lygia Clark e Hélio Oiticica, reflete o diálogo entre universidade, cidade e arte.
O documentário apresenta depoimentos de José Tavares Correa de Lira, diretor do MAC USP; Ana Magalhães, professora e curadora das exposições; Aracy Amaral, crítica de arte e ex-diretora do MAC USP; Ariane Lavezzo, da equipe de Conservação e Restauro; além das artistas Regina Silveira, nome central na história deste centro cultural, Luara Macari e Glicéria Tupinambá.
O programa revisita momentos-chave da trajetória do museu. Dentre eles, destacam-se a atuação de Ciccillo Matarazzo – fundador do MAM, da Bienal de São Paulo e doador do primeiro acervo do MAC USP – e a gestão visionária de Walter Zanini, entre 1963 e 1978, que abriu o museu às linguagens experimentais da arte contemporânea. A direção de Aracy Amaral, nos anos 1980, marcada pela aproximação com artistas latino-americanos e pela consolidação das práticas institucionais do local, também é relembrada.
“O museu se torna o primeiro do país a colecionar vídeo, registro de performance, fotografia e tudo mais. Então, cria-se essa coleção que é bem importante para o museu, porque esse não é um acervo só nacional, é um acervo internacional, de redes de contato entre artistas brasileiros, latino-americanos, do leste europeu, do mundo inteiro”, afirma Ana Magalhães.
A atração busca evidenciar esse patrimônio brasileiro como um espaço de pesquisa, ensino e experimentação. Ao mesmo tempo, tem o objetivo de discutir os desafios contemporâneos do MAC, como a incorporação de novas tecnologias, a revisão de paradigmas eurocêntricos e o fortalecimento de políticas afirmativas voltadas a artistas e pesquisadores afro-diaspóricos e indígenas.

