Futuro e maternidade solo: Mariana Fonseca lança livro impactante

Futuro e maternidade solo: Mariana Fonseca lança livro impactante

A jornalista e futurista Mariana Fonseca lança o livro O futuro nasceu antes, no qual explora a maternidade solo na era da inteligência artificial. A obra, lançada pela Great People Books, combina relato pessoal com análise crítica sobre tecnologias reprodutivas e os novos desafios enfrentados por mães que concebem com o apoio da ciência.


Maternidade solo e o uso da tecnologia reprodutiva

Baseando-se em sua experiência com a fertilização in vitro, Mariana inicia o debate sobre a maternidade solo e o uso crescente de tecnologias como o design genético e a inteligência artificial. A autora apresenta dados da Associação Brasileira de Reprodução Assistida, que indicam que esse mercado cresce 23% ao ano e pode ultrapassar R$ 3 bilhões até 2026. No mundo, métodos laboratoriais já geraram cerca de 12 milhões de crianças.

A autora compartilha sua escolha por um doador de sêmen com base em histórico genético, tom de voz e estilo de vida. Para Mariana, pensar o futuro é uma competência essencial do século XXI — e ser mãe também é um ato de imaginação.


Inteligência artificial, design genético e bioética em pauta

A obra questiona os limites da engenharia genética e o impacto da IA na formação de vidas. Mariana Fonseca aborda ainda os riscos da seleção de embriões com base em preferências estéticas, revelando os dilemas éticos que permeiam a maternidade moderna.

O futuro nasceu antes vai além da história pessoal e oferece uma análise jornalística sobre o impacto das tecnologias emergentes na vida humana, com destaque para o conceito de Futures Literacy — ou letramento em futuros —, tema defendido pela autora como essencial para qualquer cidadão contemporâneo.


Um olhar humano sobre os futuros possíveis

Com sete capítulos e prefácio da jornalista Adriana Araújo, o livro trata de temas como educação, sustentabilidade, privacidade digital, longevidade e desigualdade de acesso às inovações. Mariana propõe que todas as pessoas, especialmente as mães, passem a enxergar a maternidade como um projeto de futuro consciente, político e tecnológico.

Neste Dia das Mães, a autora convida mulheres a refletirem sobre as novas formas de maternar — um gesto que exige coragem, dados e imaginação. A maternidade, afirma Mariana, já é vivida em laboratório por muitas mulheres que buscam autonomia e informação diante das disrupções tecnológicas.

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