Inhotim celebra arte indígena

Inhotim celebra arte indígena

O Instituto Inhotim, localizado em Brumadinho (MG), inaugura em 26 de abril de 2025 uma nova e impactante exposição. A mostra repensa o espaço expositivo da Galeria Claudia Andujar, que agora incorpora o nome Maxita Yano. A nova exposição apresenta obras fotográficas e audiovisuais de 22 artistas indígenas da América do Sul.

Galeria Claudia Andujar | Maxita Yano abre espaço para existências indígenas

A Galeria Claudia Andujar | Maxita Yano completa dez anos em 2025. Para celebrar, o Inhotim convidou 22 artistas indígenas. Eles trazem trabalhos que abordam temas cruciais. O ativismo indígena ganha destaque. A luta por direitos também está presente. O debate sobre imagem e fotografia é central. Alianças entre diferentes povos são exploradas. A curadoria promove o diálogo entre a obra de Claudia Andujar e a produção contemporânea indígena. Uma nova expografia enfatiza a potência política da artista.

Artistas indígenas da América do Sul em diálogo

A exposição reúne nomes importantes. Denilson Baniwa, Paulo Desana e Edgar Kanaykõ Xakriabá participam. UÝRA, Tayná Uráz e Graciela Guarani também integram a mostra. Alexandre Pankararu e Renata Tupinambá exibem seus trabalhos. Tiniá Pankararu Guarani e a Hutukara Associação Yanomami marcam presença. Artistas internacionais enriquecem a exposição. Elvira Espejo Ayca (Bolívia) e Julieth Morales (Colômbia) expõem suas obras. Olinda Silvano (Peru), David Díaz González (Peru) e Lanto’oy’ Unruh (Paraguai) também participam.

Fotografia e audiovisual indígena no Inhotim

A nova exposição de longa duração explora diversas linguagens. Obras fotográficas impactam o público. Produções audiovisuais oferecem novas perspectivas. A mostra investiga a representação indígena. Debatem imagem e identidade. A exposição expande a visão sobre temas importantes. Natureza, território e cotidiano são explorados. Espiritualidade, retrato e alianças também ganham espaço.

Núcleos temáticos aprofundam a reflexão

A exposição está organizada em núcleos temáticos. Eles convidam o público a explorar a obra de Andujar. Detalhes de sua produção artística são apresentados. Seu engajamento na luta indígena é evidenciado. Um dos núcleos foca nas paisagens aéreas da Amazônia. A artista UÝRA apresenta seus autorretratos. Eles confrontam o olhar do público sobre a floresta.

Conexão com o território e a memória

A familiaridade de Andujar com o povo Yanomami permitiu registros sensíveis. Suas imagens revelam confiança e respeito. As obras de Elvira Espejo Ayca ecoam essa conexão. A arte indígena emerge do território. Ela nutre o ecossistema. Simultaneamente, contribui para sua preservação. A produção artística fortalece a memória e a identidade.

Espiritualidade, luta e representação

A grande sala central promove diálogos potentes. A espiritualidade indígena ganha destaque. Rituais e a vida em comunidade são retratados. A luta indígena por direitos é um tema central. O retrato como prática artística é explorado. As fotografias de Andujar revelam a essência Yanomami. As obras de Graciela Guarani e Tayná Uràz ressoam com essa visão. Julieth Morales e Lanto’oy’ Unruh também exploram a relação entre cultura e território. O corpo indígena como símbolo de resistência aparece na obra de Edgar Kanaykõ Xakriabá. Paulo Desana e David Diaz Gonzales apresentam a força do retrato.

Impactos do contato e luta pela dignidade

O último núcleo expõe os impactos destrutivos do contato. A construção da Perimetral Norte é um exemplo. A persistência do garimpo ilegal também é abordada. A devastação ambiental e as epidemias são reveladas. A violência contra os Yanomami é denunciada. Denilson Baniwa apresenta uma cartografia da presença Yanomami em Boa Vista. Sua obra reflete a vulnerabilidade enfrentada por esse povo. É um tributo à luta pela dignidade Yanomami.

Comissionamentos e programa público ampliam diálogos

O Inhotim comissionou obras de diversos artistas. Paulo Desana e Olinda Silvano criaram trabalhos inéditos. Graciela Guarani, Alexandre Pankararu e Tiniá Pankararu-Guarani também foram comissionados. Um ciclo de programações públicas acompanhará a exposição. Marilia Loureiro é a curadora do programa. O foco são os diálogos com os povos de Minas Gerais. Comunidades indígenas em contexto urbano também serão contempladas. Renata Tupinambá e Olinda Silvano desenvolverão projetos específicos para o programa.

Pesquisa e reconhecimento da arte indígena

A exposição apresenta a Sala Documental Claudia Andujar. Ela se dedica à pesquisa sobre a artista. Seu papel como fotojornalista e ativista é destacado. Materiais de importantes acervos compõem a sala. A trajetória de Andujar é traçada. Sua influência na arte e nos direitos indígenas é ressaltada. A mostra revisita a história da galeria no Inhotim. A Hutukara Associação Yanomami assina a curadoria de uma das salas. A produção contemporânea Yanomami ganha espaço. Vídeos e desenhos revelam o olhar do próprio povo Yanomami.

A Galeria Claudia Andujar | Maxita Yano convida o público a uma profunda reflexão sobre a arte indígena contemporânea e a importância da luta pela preservação das culturas e territórios originários. A visitação começa em 26 de abril de 2025 e segue por tempo indeterminado.

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