Performance “Culto contra os embustes” no Museu de Arte do Rio

Performance “Culto contra os embustes” no Museu de Arte do Rio

Neste sábado, 17 de agosto de 2024, às 16h, o Museu de Arte do Rio (MAR) será palco da performance “Culto contra os embustes”, realizada pela artista Panmela Castro. Esta ação integra a exposição “Ideias radicais sobre o amor”, em cartaz até 24 de novembro de 2024, e promete envolver o público em um ritual que visa afastar energias negativas e indivíduos mal-intencionados.

O poder do ritual na performance de Panmela Castro

A performance “Culto contra os embustes” envolverá ativamente o público, que escreverá os nomes dos “embustes” em papéis para serem queimados durante o ritual. Panmela Castro, através da “Oração contra os embustes”, conduz os participantes em um momento de reflexão e empoderamento, utilizando a autoestima e a energia vital para romper com todas as formas de violência e abuso.

Outras performances e ativações na exposição

Além do “Culto contra os embustes”, Panmela Castro realizará outras três performances durante a exposição: “Honra ao mérito” em 28 de setembro, “Revanche” em 5 de outubro, e “Ruptura” em 12 de outubro. A equipe registrará em vídeo cada uma dessas performances e as exibirá na mostra.

Exposição “Ideias Radicais sobre o Amor”

Com mais de 20 anos de carreira, Panmela Castro apresenta sua exposição individual “Ideias radicais sobre o amor”, com curadoria de Daniela Labra e assistência de Maybel Sulamita. A exposição conta com 17 obras, incluindo 10 inéditas, que exploram temas como afetividade, solidão, empoderamento e autocuidado. Entre as obras, destacam-se performances, fotografias, pinturas, esculturas e vídeos, criando um ambiente de intensa participação do público.

Atividades interativas para o público

A exposição “Ideias radicais sobre o amor” convida o público a participar ativamente em diversas obras interativas. Entre elas, destaca-se “Chá das Cinco”, onde os visitantes podem tomar chá e compartilhar conselhos através de bilhetes deixados debaixo do pires. Outra obra, “Vestido Siamês”, permite que duas pessoas vistam simultaneamente um grande vestido rosa, simbolizando a união e o compartilhamento de experiências.

Sobre o Museu de Arte do Rio

O Museu de Arte do Rio (MAR) é uma importante instituição cultural do Rio de Janeiro, com uma programação diversificada que inclui exposições, performances e atividades educativas. Desde janeiro de 2021, a Organização de Estados Ibero-americanos (OEI) gerencia o MAR .

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Ele se chama Bilibeu. Ou Santo Bilibeu, ou ainda Bilibreu. Esculpido em madeira e retinto como o breu, o santo é festejado todos os anos, na Baixada Maranhense, entre as cidades de Viana, Matinha e Penalva. As pessoas que o cultuam foram por décadas chamadas de ‘caboclos’ e apontadas pejorativemente como ‘os índios’. Foi em novembro 2014 que “os índios” passaram a reivindicar perante o Estado e a sociedade envolvente uma identidade indígena específica (não mais genérica). Os Akroá Gamella sempre esteveram ali, demarcando suas terras com os pés, como eles mesmo dizem, e utlizando os recursos naturais, sob regras específicas, com o intuito de preservar a natureza e manter a sua subsistência físisca e simblólica. Foi em segredo mantiveram vivos Entidades que sobreviveram à censura identitária e ao racismo. Bilibeu foi um deles, o mais conhecido de todo os Encantados locais. São Bilibeu perseverou ao silenciamento e permaneceu preservado publicamente porque ficou mimetizado dentro das comemorações do carnaval. Nesse período em que “tudo pode”, Bilibeu pode existir e sair às ruas num festejo que dura 4 dias, no qual dezenas de crianças e adultos pintados de carvão, marcham durante dez ou doze horas, incorporando os ‘cachorros de Bilibeu’ que, de casa em casa, de aldeia em aldeia, caçam. A matilha de cachorros e cachorras, sob orientação de um chefe, o ‘gato maracajá’, caçam comida e bebida para oferecer ao santo que em um determinando momento do ritual morre, é enterrado, sob o choro de mulheres, e renasce na manhã seguinte para continuar dando fartura e fertilidade ao povo Akroá Gamella. Se antes, era celebrado no carnaval, hoje o povo Akroá Gamella, escolheu outra data para o ritual. O dia 30 de abril é, desde de 2019, a data em que Bilibeu é cultuado. Bilibeu definitivamente não é uma festa, é um rito. Um rito que agora marca um evento de muita dor, tristeza e revolta. Pois foi nesse dia, no ano de 2017, que