Línguas africanas que fazem o Brasil: nova exposição no Museu da Língua Portuguesa

Línguas africanas que fazem o Brasil: nova exposição no Museu da Língua Portuguesa

O Museu da Língua Portuguesa inaugura hoje a exposição temporária “Línguas africanas que fazem o Brasil”, com curadoria do músico e filósofo Tiganá Santana. A mostra destaca a influência das línguas iorubá, eve-fom e do grupo bantu no português falado no Brasil e na cultura nacional.

A exposição explora como as línguas africanas se integraram ao português, dando origem a palavras, expressões e até mesmo estruturas gramaticais que fazem parte do nosso dia a dia. Além disso, a mostra aborda a presença das culturas africanas em outras manifestações culturais brasileiras, como a música, a arquitetura, as festas populares e os rituais religiosos.

Entre os destaques da exposição estão:

  • 15 palavras de origem africana: impressas em estruturas ovais de madeira, as palavras serão expostas na entrada da mostra.
  • Obra do artista plástico baiano J. Cunha: um tecido estampado com os dizeres “Civilizações Bantu” que vestiu o tradicional Ilê Aiyê, primeiro bloco afro do Brasil, no Carnaval de 1996.
  • 20 mil búzios: suspensos e distribuídos pelo ambiente, os búzios representam a conexão entre o mundo físico e espiritual na tradição afro-brasileira.
  • Adinkras: símbolos utilizados como sistema de escrita pelo povo Ashanti, que habita países como Costa do Marfim, Gana e Togo, na África.
  • Videoinstalações da artista visual Aline Motta: “Corpo Celeste III” e “Corpo Celeste V” destacam formas milenares de grafias centro-africanas e provérbios em quicongo, umbundo, iorubá e quimbundo.
  • Obras de arte de Rebeca Carapiá: a artista baiana assina obras criadas em diálogo com frequências e grafias afrocentradas.
  • Canções populares: a exposição mostra como canções populares no Brasil foram criadas a partir da integração entre línguas africanas e o português.
  • Linguagens não-verbais: a mostra explora outras linguagens não-verbais advindas das culturas africanas ou afro-diaspóricas, como os cabelos trançados, os turbantes e os tambores.
  • Sala de cinema interativa: o visitante será surpreendido com uma projeção de imagens ao enunciar palavras de origem africana.
  • Registros de manifestações culturais afro-brasileiras: a exposição apresenta registros de manifestações culturais afro-brasileiras e de conteúdos sobre as línguas africanas e sua presença no português do Brasil.

A exposição “Línguas africanas que fazem o Brasil” fica em cartaz até janeiro de 2025.

Serviço

  • Exposição: Línguas africanas que fazem o Brasil
  • Data: 24 de maio a janeiro de 2025
  • Horário: Terça a domingo, das 9h às 16h30 (com permanência até as 18h)
  • Ingressos: R$ 24 (inteira); R$ 12 (meia)
  • Grátis: Crianças até 7 anos e aos sábados
  • Acesso: Portão A
  • Venda de ingressos: Bilheteria do museu e online: https://bileto.sympla.com.br/event/90834/
  • Museu da Língua Portuguesa: Praça da Língua, s/nº – Luz – São Paulo

Sobre o Museu da Língua Portuguesa

Localizado na Estação da Luz, o Museu da Língua Portuguesa tem como tema a língua como patrimônio cultural e imaterial, fazendo uso da tecnologia e de suportes interativos para construir e apresentar seu acervo. O público é convidado para uma viagem sensorial e subjetiva, apresentando a língua como uma manifestação viva, rica, diversa e em constante construção.

Patrocínios e parcerias

A temporada 2024 conta com o patrocínio máster da Petrobras, patrocínio da CCR, do Instituto Cultural Vale, e da John Deere Brasil; com apoio do Itaú Unibanco, do Grupo Ultra e da CAIXA. Conta ainda com as empresas parceiras Instituto Votorantim, Epson, Machado Meyer, Verde Asset Management. Revista Piauí, Guia da Semana, Dinamize e JCDecaux são parceiros de mídia. A EDP é patrocinadora máster da reconstrução do Museu. A reconstrução e a temporada 2024 são uma realização do Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet.

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