Festival de Cinema Brasileiro 2024: Tóquio e Nagoya celebram a cultura brasileira

Tóquio e Nagoya, Japão – O cinema brasileiro ganha destaque em março com o Festival de Cinema Brasileiro 2024. De 8 a 14 de março, Tóquio recebe a mostra no Eurospace, em Shibuya, enquanto Nagoya sedia o evento de 16 a 20 de março no Midland Square Cinema.

A iniciativa, uma parceria entre a Embaixada do Brasil no Japão, o Instituto Guimarães Rosa e a Linhas Produções Culturais, com apoio do Consulado-Geral do Brasil em Nagoia, apresenta 6 longas-metragens contemporâneos de diversos gêneros, todos aclamados pela crítica e público.

Programação diversificada

Elis & Tom – Só tinha de ser com você: documentário de Roberto de Oliveira sobre a gravação do álbum de Elis Regina e Tom Jobim em 1974.
Pixinguinha: biografia de Denise Saraceni e Allan Fiterman sobre o músico Alfredo da Rocha Vianna Filho, o Pixinguinha.
Pureza: drama de Renato Barbieri, baseado em fatos reais, sobre a luta de uma mãe contra o trabalho escravo na Amazônia.
Eduardo e Mônica: romance de René Sampaio baseado na música homônima, com Alice Braga e Gabriel Leone, sobre um casal de diferentes universos que se apaixona.
Saudade Fez Morada Aqui Dentro: drama de Haroldo Borges sobre um adolescente que perde a visão e precisa lidar com as diferenças.
O Clube dos Anjos: suspense de Angelo Defanti baseado na obra de Luís Fernando Veríssimo sobre um grupo de amigos que se reencontra e enfrenta um mistério.

Importância cultural

O embaixador do Brasil em Tóquio, Octávio Henrique Dias Garcia Côrtes, destaca a amizade histórica entre Brasil e Japão e a importância do festival para fortalecer o intercâmbio cultural. “Este evento é uma oportunidade única para o público japonês e para os brasileiros residentes no Japão conhecerem a produção cinematográfica brasileira contemporânea”, afirma.

Fernanda Bulhões, diretora da Linhas Produções Culturais, reforça o papel do cinema como ferramenta de compreensão cultural. “Acredito que o cinema seja a arte mais completa para se entender a história e a cultura de um país. Levamos sempre uma pequena mostra de nossa diversidade cultural, social, antropológica, artística. O cinema é para mim uma espécie de cápsula do tempo, por onde é possível entender não apenas a história, mas viajar por lugares, conhecer nossa arte e nossa gente.”