Entrevista: Ruth Oliveira, escritora

Como surgiu a ideia inicial de “Cem Chances”? Você já imaginava que se tornaria uma trilogia?

A ideia inicial de “Cem Chances” surgiu a partir do desejo de explorar as nuances de um personagem como Killian: alguém solitário, amargo, mas que aos poucos permite conhecer e redescobrir outras versões de si mesmo. Tudo se inicia, se agrava ou se soluciona a partir de Killian, desde o ódio irracional que ele direciona a Dominic, seu par romântico, até a falha no tempo que os personagens vivenciam e que introduz o maior mistério da trilogia.

Ao iniciar a história, eu não imaginava que ela deixaria o mundo virtual para ocupar as estantes dos leitores. Publicá-la no formato físico foi uma surpresa, assim como foi publicá-la como uma trilogia.

O que te atrai no universo das fanfics e como isso influenciou a criação da história?

Existem muitas coisas que admiro no universo das fanfics: o senso de comunidade, a liberdade de criação, a facilidade de compartilhar e encontrar histórias, a criação de vínculos com os primeiros leitores de um autor… Graças a isso, como fanfiqueira, tive a possibilidade de explorar a escrita de diversos gêneros com os quais ainda não tinha familiaridade. Não me identifiquei com todos, mas tive a chance de tentar e, assim, me conhecer melhor enquanto escritora. “Cem Chances” foge um pouco das histórias que eu já sabia gostar de escrever, mas deixou de ser uma ideia para se tornar uma história de fato como consequência dessa liberdade de explorar novos caminhos.