“Natureza Viva: instalação de Antonia Philippsen Boaventura é destaque na exposição ARTE TOCADA E ARTE QUE TOCA 5⁰ edição no Parque das Ruínas”

“Natureza Viva: instalação de Antonia Philippsen Boaventura é destaque na exposição ARTE TOCADA E ARTE QUE TOCA 5⁰ edição no Parque das Ruínas”

A instalação NATUREZA VIVA da artista plástica Antonia Philippsen Boaventura inaugura Dia 11 de maio no Parque das Ruínas em Santa Tereza e faz parte da Exposição Coletiva ARTE TOCADA E ARTE QUE TOCA 5⁰ edição, promovido pela Heclectik-Art Portugal/Brasil.

A composição do conjunto das obras tem mais de 8 metros de extensão e homenageia não só o Parque como Laurinda Santos Lobo antiga proprietária do local,que no século XIX foi mecenas das artes e abria os seus salões para saraus disputados pela sociedade carioca na época. A mesma também era amante de plantas e, principalmente, das samambaias .

Quando Heloiza Azevedo (Ceo Heclectik-Art) me chamou para um circuito de três exposições (Uma em São Paulo e 2 no Rio de Janeiro )aqui no Brasil me comprometi a fazer pelo menos uma obra diferente para cada uma. Para o Parque das Ruínas eu quis uma obra que “acompanhasse” as dos outros artistas em vez de uma competição “visual” e por isso optei por fazer um misto de paisagismo com painéis com estampas de folhagens da mata atlântica. Também serão usadas plantas e arranjos cultivados em minha propriedade, com destaque para a “Barba-de-velho” uma bromélia aérea muito usada para decoração e que também serve de indicador para a qualidade do ar de uma região. — diz a artista que reside na Serra do Mendanha, local de preservação ambiental no Rio de Janeiro e 5⁰ APA (Área de preservação) do Estado.

Antonia também ocupa o cargo de Conselheira Estadual de Meio Ambiente para o PEM (Parque Estadual do Mendanha) e vê uma oportunidade nessa exposição para alertar para os cuidados com a natureza. Se nós artistas damos” vida” por meio da arte, não podemos chamar os trabalhos nesse tema de” naturezas-mortas” e sim de “Naturezas Vivas”… complementa.

marramaqueadmin

MAM São Paulo inaugura 38º Panorama da Arte Brasileira
Ele se chama Bilibeu. Ou Santo Bilibeu, ou ainda Bilibreu. Esculpido em madeira e retinto como o breu, o santo é festejado todos os anos, na Baixada Maranhense, entre as cidades de Viana, Matinha e Penalva. As pessoas que o cultuam foram por décadas chamadas de ‘caboclos’ e apontadas pejorativemente como ‘os índios’. Foi em novembro 2014 que “os índios” passaram a reivindicar perante o Estado e a sociedade envolvente uma identidade indígena específica (não mais genérica). Os Akroá Gamella sempre esteveram ali, demarcando suas terras com os pés, como eles mesmo dizem, e utlizando os recursos naturais, sob regras específicas, com o intuito de preservar a natureza e manter a sua subsistência físisca e simblólica. Foi em segredo mantiveram vivos Entidades que sobreviveram à censura identitária e ao racismo. Bilibeu foi um deles, o mais conhecido de todo os Encantados locais. São Bilibeu perseverou ao silenciamento e permaneceu preservado publicamente porque ficou mimetizado dentro das comemorações do carnaval. Nesse período em que “tudo pode”, Bilibeu pode existir e sair às ruas num festejo que dura 4 dias, no qual dezenas de crianças e adultos pintados de carvão, marcham durante dez ou doze horas, incorporando os ‘cachorros de Bilibeu’ que, de casa em casa, de aldeia em aldeia, caçam. A matilha de cachorros e cachorras, sob orientação de um chefe, o ‘gato maracajá’, caçam comida e bebida para oferecer ao santo que em um determinando momento do ritual morre, é enterrado, sob o choro de mulheres, e renasce na manhã seguinte para continuar dando fartura e fertilidade ao povo Akroá Gamella. Se antes, era celebrado no carnaval, hoje o povo Akroá Gamella, escolheu outra data para o ritual. O dia 30 de abril é, desde de 2019, a data em que Bilibeu é cultuado. Bilibeu definitivamente não é uma festa, é um rito. Um rito que agora marca um evento de muita dor, tristeza e revolta. Pois foi nesse dia, no ano de 2017, que