O livro “Incomensurável comum: políticas da escrita em Graciliano Ramos” explora a memória como ferramenta literária na obra de Graciliano Ramos.
Willy Carvalho Coelho escreveu o livro e a Editora UFMG o lançou, apresentando uma análise inovadora da relação entre memória, política e discurso na literatura de um dos maiores autores brasileiros. O autor baseia a obra em sua tese de doutorado, que venceu o Prêmio UFMG de Teses em 2015, e propõe uma releitura crítica de textos como Memórias do cárcere (1953) e Infância (1945).
Como a memória e a política se encontram na literatura
O conceito de litígio, que significa disputa ou contenda, é central na análise de Willy Carvalho Coelho. Ele utiliza essa ideia para investigar como a memória funciona como um campo de disputa na obra de Graciliano Ramos. Segundo o autor, a memória é mais do que um simples repositório de lembranças; ela é um espaço onde diferentes vozes e perspectivas se confrontam.
O livro examina como Graciliano articula questões de poder, resistência e subjetividade por meio de suas narrativas, construindo uma escrita crítica que reflete os desafios de sua época.
Graciliano Ramos: Um pioneiro da literatura brasileira
Machado de Assis, Guimarães Rosa e outros reconhecem Graciliano Ramos como um dos pilares da literatura brasileira. Em Incomensurável comum, Willy Carvalho Coelho revisita sua obra sob a lente da memória e mostra como sua escrita não apenas relata, mas também questiona e transforma experiências históricas e culturais.
Um convite à reflexão literária
Organizado em cinco capítulos, o livro aborda temáticas como memória, poder e racionalidade política. Além disso, a formação interdisciplinar de Willy Carvalho Coelho, doutor em Literatura e graduado em Psicologia, enriquece a análise, proporcionando um olhar único sobre a relação entre literatura, memória e política.
