Inteligência Artificial e Fotografia: rumos automatizados para um futuro próximo?

Inteligência Artificial e Fotografia: rumos automatizados para um futuro próximo?

Atualmente, muitos rumores sobre a inteligência artificial estão acontecendo no universo da fotografia. Até que ponto a automatização da produção e edição fotográfica pode trazer benefícios para fotógrafos e clientes? De que maneira o workflow automatizado auxilia no trabalho dos produtores de imagens e até que ponto a realidade se confunde com imagens produzidas por programas geradores de imagens com IA?

Saber sobre os limites do processo de criação automatizada é primordial para que a essência do processo de fotografar seja preservada. A Inteligência Artificial veio para melhorar muito o fluxo de trabalho de edição, promovendo dinamismo e economia de tempo no tratamento digital das imagens para os fotógrafos. Ferramentas generativas, como remoção de elementos e criação de componentes dentro de uma fotografia, tornaram-se um suporte prático e rápido no mundo automatizado. Programas como Adobe Firefly, Midjourney Expande e até mesmo automatização de geradores de vídeos como PixelDance e Seaweed desempenham bons resultados na criação de novas imagens por prompt e edição de fotos e vídeos já produzidos.

Porém, alguns gargalos na história da IA e fotografia acontecem. O primeiro deles é a desumanização da relação fotógrafo–cliente e a não experiência deste último em ser fotografado. Produzir uma foto como produto automatizado é muito diferente de atender um cliente de forma empática, conhecendo sua realidade e desempenhando um registro de memórias em sua história. O distanciamento de uma realidade por parte das imagens geradas quebra o fluxo de identidade real do fotografado e torna o mesmo muito mais um produto do que um humano a ser descoberto.

Sendo assim, é possível concluir que a Inteligência Artificial beneficia o processo de fluxo de trabalho de edição e criação de elementos na fotografia, porém, não substitui as relações profissionais humanizadas entre produtores de imagens e clientes. A identidade humana em uma fotografia, em um momento e local, não é substituída em experiências por uma automatização com IA. Com pontos favoráveis e outros nem tanto, a IA caminha a passos largos na fotografia e é uma grande revolução na sociedade contemporânea.

Por Sabrina Jaime, fotógrafa, professora de fotografia pelo Senac Goiás e palestrante especialista em Artes visuais – cultura e criação. E-mail: sabrina.jaime@go.senac.br

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