Exposição “Cartografias de uma viela” celebra arte periférica
A mostra “Cartografias de uma viela: tecido de pele e tinta” inaugura no Instituto Çarê, em São Paulo, no dia 21 de setembro de 2024. A exposição destaca a produção artística periférica e reúne obras de seis artistas que exploram a memória e vivências de seus territórios. Sob a curadoria de Sônia Salzstein e Claudinei Roberto da Silva, a mostra busca resgatar e dar visibilidade às realidades marginalizadas.
Arte periférica em destaque
O projeto foi desenvolvido ao longo de oito meses, período em que os curadores dialogaram com Adriele Oliveira, Danilo Juliano, Deusvaldo Pereira, Difavela, Luiz Lira e Ramon Santos. Esses artistas, através de técnicas como pintura, gravura e fotografia, retratam suas experiências em territórios periféricos, compondo uma cartografia única que denuncia e celebra suas realidades. A exposição conta com o apoio do Instituto de Estudos Brasileiros (IEB-USP), cujo acervo serviu de base para as pesquisas dos artistas.
Poéticas insurgentes e resistência
Claudinei Roberto da Silva, curador da mostra, destaca a relevância dessa produção artística ao ressaltar que ela se vale de uma “gramática preta, proletária, periférica, antirracista, feminista e insurgente”. Essa diversidade de vozes e técnicas coloca em evidência a força e a importância da arte produzida nas periferias, que muitas vezes não é incluída na “cidade oficial”. A exposição é um convite ao público para se aproximar dessas narrativas e compreender a potência artística que emerge desses espaços.
Serviço
A mostra ficará aberta ao público até 23 de novembro de 2024, com visitação de terça a sábado, das 13h às 18h, no Instituto Çarê, na Vila Leopoldina, São Paulo.