Cantora Ghabi desabafa sobre os desafios de ser independente

A multiartista independente Ghabi, prestes a lançar seu primeiro álbum em 2025, compartilha em entrevista exclusiva os desafios de ser uma artista mulher no Brasil. A cantora destaca que a falta de investimento e de oportunidades de palco são alguns dos maiores obstáculos que enfrenta. “Apenas o público LGBTQIA+ nos escuta”, afirma Ghabi, que tem buscado criar espaços para talentos emergentes com iniciativas como o Sarau do Parque e o Soho Sessions, no Rio de Janeiro.

Acesso ao mercado musical e desigualdade de gênero

Ghabi comenta a dificuldade de mulheres em obter visibilidade na música, apontando a desigualdade de gênero no mercado. Segundo ela, o público LGBTQIA+ tem sido o principal consumidor de artistas mulheres, mas o cenário em geral ainda é desfavorável. “Há uma pressão para que as mulheres se sexualizem para ganhar mais visibilidade”, afirma a cantora. Além disso, Ghabi critica o fato de que o consumo de música feminina no Brasil está, muitas vezes, relacionado mais ao estilo de vida das artistas do que à qualidade de sua arte.

Expectativas para o primeiro álbum de Ghabi

Apesar das dificuldades, Ghabi está focada em seu trabalho e animada com seu primeiro álbum, previsto para 2025. A cantora promete uma sonoridade dançante, mas com um conceito forte. “Estou trabalhando em um álbum bem pista, com uma mensagem clara e muito a ver com essa nova fase da minha vida”, revela. Entre suas influências, Ghabi cita Beyoncé, Shakira e Dua Lipa, misturando pop maduro e rico em musicalidade.

Embora venha de uma família influente no showbizz, Ghabi mantém a crença de que o verdadeiro sucesso vem do trabalho bem feito. “A fama que vale a pena é a que vem através do sucesso do trabalho”, conclui a artista.