Riáh lança álbum “Ser… Tão Agreste” neste sábado
Riáh, do povo Xukuru do Ororubá, une agreste e sertão em “Ser… Tão Agreste”
A cantora indígena Riáh, do povo Xukuru do Ororubá, lança neste sábado, 8 de novembro, seu novo álbum “Ser… Tão Agreste”, disponível em todas as plataformas digitais. No disco, a artista pernambucana transforma memória, território e afeto em música, exaltando as raízes do Nordeste e a resistência de seu povo.
“Ser… Tão Agreste” celebra a força da terra e das mulheres do Nordeste
Gravado no Estúdio Carranca, em Recife, o álbum reúne cinco faixas que atravessam o agreste e o sertão, o ancestral e o contemporâneo. Riáh divide os arranjos com Renato Bandeira, produtor musical do projeto, criando uma sonoridade que une viola de dez cordas, sanfona, tambores rituais e beats eletrônicos.
Com participações de Felipe Costa (acordeon), Raminho (percussões), Bráulio Araújo (baixo) e Yure Queiroga (programação), o disco é o que Riáh chama de “disco-espelho”: um reflexo de sua ancestralidade e da força feminina nordestina.
Canções que contam histórias de amor, resistência e liberdade
A primeira faixa, “Aboio Avoado”, composta por Zéh Rocha, abre o álbum como um vento quente que atravessa o agreste. Em “Nascimento de Matuto”, feita com Mirael Lima, Riáh homenageia as mulheres que fazem a vida nascer no silêncio e na coragem.
Outras canções, como “Lábia” (Isabela Moraes), “Sem Fronteiras” (Renato Bandeira e Mazo Melo) e “Tábua de Sustentação” (Isabela Moraes), exploram o amor, a fé e o reencontro com a própria história. O título “Ser… Tão Agreste”, criado pela cantora, representa um manifesto poético de pertencimento e resistência.
Riáh: canto indígena, feminino e político
Filha do povo Xukuru do Ororubá, Riáh carrega em sua voz a memória da Serra do Ororubá, em Pesqueira (PE), onde seus antepassados lutaram pela demarcação das terras. Para ela, “cantar é um ato político” e um gesto de cura. Em 2025, a artista levou o show “Retinta” à França e Portugal, apresentando ao público europeu a força da mulher indígena nordestina.
O projeto tem incentivo do Programa Nacional Aldir Blanc (PNAB), com apoio da Fundação de Cultura de Caruaru.
