Aldeia Mbyá Guarani realiza primeiro Carijo em Porto Alegre

Aldeia Mbyá Guarani realiza primeiro Carijo em Porto Alegre

A Aldeia Mbyá Guarani Teko’a Anhetenguá, em Porto Alegre, realizou neste sábado (27) seu primeiro Carijo tradicional, marcando um momento histórico para a comunidade. A celebração da colheita e preparo da erva-mate fortalece a cultura indígena e integra o Projeto Ar, Água e Terra, do Instituto de Estudos Culturais e Ambientais (IECAM), com patrocínio da Petrobras.

Primeiro Carijo fortalece tradição Guarani

O Carijo simboliza a reconexão dos Guarani com saberes ancestrais. A produção artesanal da erva-mate envolveu todas as etapas tradicionais: colheita, sapecagem, secagem, separação e moagem. O cacique Ramon e sua esposa Janaína, da aldeia Yvyty Porã, em Maquiné, compartilharam técnicas e conhecimentos com a comunidade da Lomba do Pinheiro.

Ritual da erva-mate e identidade cultural

Para os Guarani, a erva-mate é considerada um presente de Tupã. Além de ser utilizada no chimarrão, tem funções medicinais e rituais, reforçando a união da comunidade. O evento aconteceu em um dia de sol, destacando a conexão com a Mãe Terra. Pela primeira vez, a aldeia consumiu chimarrão produzido de forma totalmente própria.

Projeto Ar, Água e Terra e sustentabilidade

O Carijo faz parte do Projeto Ar, Água e Terra, que promove reconversão produtiva, segurança alimentar e restauração florestal em territórios indígenas. O IECAM atua há décadas com os Guarani no Rio Grande do Sul, desenvolvendo ações que unem tradição e ciência, como viveirismo, etnomapeamento e agroflorestas.

Unindo tradição e ciência

Mais do que um evento cultural, o Carijo representa autonomia e sustentabilidade. A iniciativa contou com a participação de indígenas e profissionais da equipe do projeto, como biólogos e agrônomos. Assim, fortalece a troca de saberes e o protagonismo indígena na preservação ambiental.

👉 Para saber mais sobre o Projeto Ar, Água e Terra, acesse o site oficial.

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