Meu nome é Francisco lança álbum poético sobre o tempo

Meu nome é Francisco lança álbum que mergulha no tempo e na emoção
O artista paulista Meu nome é Francisco estreia seu primeiro álbum completo, intitulado “Só O Tempo Que Dá Nome Às Coisas”, propondo uma experiência sensorial, poética e musical. Com 10 faixas, o projeto combina MPB, pop, eletrônica, trap, psicodelia e afrolatinidades, resultando em uma obra diversa e intimista.
Novo álbum de Meu nome é Francisco une tempo e sensibilidade
O título do disco surgiu de uma conversa com uma amiga apaixonada por poesia. A frase traduz o tema central do álbum: o tempo como essência das vivências humanas. Francisco revela que a escolha das músicas começou em 2021 e que todas elas conversam com a noção de tempo — como espera, presença e transformação.
Exploração sonora entre o urbano e o ancestral
O processo criativo contou com forte inspiração em intérpretes como Elis Regina. Francisco também valorizou composições de outros artistas independentes, como forma de ampliar vozes e provocar reflexões socioculturais. O resultado é uma jornada rítmica que transita entre o ijexá, jazz, bossa e trap, mesclando passado e futuro com liberdade estética.
Faixas, feats e atmosfera do disco
O álbum conta com participações de Eluna, Ariele Porto, Alan Bernardes e outros artistas da cena contemporânea. O destaque vai para a faixa “Dreamlike”, que traz um tom onírico em contraste com outras canções mais densas. A narrativa do disco é linear e fluida, com começo, meio e fim, respeitando uma escuta que conduz emocionalmente o ouvinte.
Estética visual reforça a identidade do álbum
A produção visual do projeto foi desenvolvida por Bruno Bordini, Kalú e equipe, que buscaram locações no centro de São Paulo. A proposta visual mistura o concreto da cidade com elementos naturais, refletindo o encontro entre o orgânico e o eletrônico, capturados com linguagem lo-fi e texturas nostálgicas.
Vivência de bastidores e o papel do estúdio
Francisco também atua como produtor e está à frente do estúdio PreguiSom, o que lhe permite ter uma visão mais ampla do processo criativo. Ele defende que um bom produtor é alguém que coleciona vivências, ampliando referências e abrindo possibilidades sonoras com autenticidade e discernimento.
Show ao vivo traduz a liberdade do álbum para o palco
O espetáculo homônimo ao disco já está sendo apresentado com banda. O show propõe improvisos, interações e arranjos que mantêm a essência da obra. Francisco busca transportar o público para um espaço de liberdade criativa, onde cada som é intencional e afetuoso.
Uma aposta na arte sincera e fora dos padrões
Ao seguir por caminhos fora do mainstream, Francisco reforça a importância de construir narrativas próprias na música brasileira. Para ele, artistas como Liniker são inspiração por ousar nas estéticas e ditar tendências com autenticidade, mesmo que fora das lógicas comerciais.
Uma carta aberta ao tempo e ao público
“Só O Tempo Que Dá Nome Às Coisas” é, acima de tudo, um disco sobre escuta, presença e afeto. Francisco espera que o público sinta sinceridade em cada faixa. “O tempo ainda vai me revelar muito sobre esse disco”, diz o artista. A obra é um convite à introspecção e à beleza dos detalhes que só o tempo pode mostrar.