Jéssica Reis propõe autoliderança e espiritualidade para uma vida com propósito
Em seu livro Exista Menos e Viva Mais, Jéssica Reis convida o leitor a abandonar o modo automático de sobrevivência e assumir o protagonismo de sua jornada por meio do Método Meu Governo. Nesta entrevista, a autora compartilha os fundamentos de sua proposta e reflete sobre bem-estar, espiritualidade, recomeços e autoconhecimento.
O que motivou a criação do seu livro Exista Menos e Viva Mais e, especificamente, o Método Meu Governo?
O livro nasceu do desejo genuíno de ajudar as pessoas a viverem com mais leveza. O Método Meu Governo, que compartilho na obra, é algo que sempre apliquei na minha própria vida. Ele é fruto da minha vivência e da vontade de mostrar que é possível governar a si mesmo com mais consciência e propósito.
Você menciona que muitas pessoas estão apenas “existindo”. Como podemos identificar se estamos vivendo de fato ou apenas sobrevivendo?
É fácil perceber quando estamos apenas existindo: não temos controle sobre a nossa vida, não conhecemos os próprios traumas e como eles afetam o futuro. Não conseguimos perdoar — nem a nós mesmos — e não enxergamos novas oportunidades. A vida parece uma repetição de dias sem sentido, sem propósito.
O que você acredita ser o principal desafio para as pessoas que buscam viver com mais propósito e bem-estar?
O maior desafio é se desvincular do passado com inteligência emocional. É preciso encerrar ciclos, curar feridas e entender que adversidades existem para todos. Viver com propósito é experimentar a vida como ela é, com coragem para sentir e se transformar.
No livro, você fala sobre “menos ruído, mais escuta”. Como isso impacta nossa rotina, especialmente em um mundo digitalizado?
A vida real deve prevalecer sobre o mundo digital. Quando organizamos nosso tempo e prioridades, conseguimos ser mais produtivos e ter resultados melhores. Reduzir o ruído externo e interno nos ajuda a escutar nossas necessidades com mais clareza.
O que é, para você, o bem-estar integral?
O bem-estar integral é a paz interior que só se alcança com autoconfiança, autonomia, autocontrole e autoconhecimento. Quando governamos nossa vida com excelência e amamos quem somos, todas as áreas se tornam prósperas.
O método que você apresenta propõe uma forte conexão com a espiritualidade. Como isso pode transformar a forma como lidamos com os desafios?
Espiritualidade é um pilar do Método Meu Governo. A certeza de que todas as coisas são possíveis para quem acredita não é apenas fé — é também ciência. Visualizar conquistas e repetir crenças positivas é um exercício que ativa o nosso córtex pré-frontal. Quando unimos fé e ação, ficamos mais próximos da realização.
Você compartilha vivências difíceis da infância. Como essas experiências influenciam sua visão sobre autoliderança?
O método foi sendo construído ao longo dos anos, em diferentes fases da minha vida. Enfrentei desafios financeiros, emocionais e psicológicos. Em todos esses momentos, manter o governo sobre mim mesma fez toda a diferença. Essa experiência fortaleceu minha fé e meu propósito.
A autonomia é um ponto-chave no livro. Como desbloqueá-la na prática, especialmente em tempos difíceis?
Tudo começa com o autoconhecimento. Entender quem somos, reconhecer nossas fragilidades e como elas impactam nossas decisões faz toda a diferença em momentos de incerteza. Só assim podemos desenvolver uma autonomia verdadeira.
Muitas pessoas terceirizam a responsabilidade da própria vida. Quais os primeiros passos para assumir o protagonismo?
O primeiro passo é colocar o amor-próprio em dia. Quando nos priorizamos, conseguimos ditar nossas próprias regras e viver com mais autenticidade. É a partir desse autocuidado que o protagonismo floresce.
Você fala sobre “começar do zero”. Qual a importância disso e como lidar com o medo de falhar?
Começar do zero é necessário em muitos momentos. Não controlamos o mundo nem as outras pessoas. Mas quando estamos no controle da nossa própria vida, o recomeço acontece com leveza, sem amargura — e com muita prosperidade.
Em tempos desafiadores para a saúde mental, como a espiritualidade pode ajudar com questões como burnout e ansiedade?
A fé, quando colocada em ação, nos coloca em um estado de otimismo. Isso tem efeitos concretos no corpo: melhora o processamento de informações, a tomada de decisões e o gerenciamento do estresse. Aumenta a resiliência, fortalece relações e até melhora o sono. Pessoas com fé conseguem lidar melhor com frustrações e reduzir os impactos negativos de transtornos como a ansiedade ou burnout.
Qual a principal mensagem que você espera que os leitores levem de Exista Menos e Viva Mais?
Que ao aplicarem o Método Meu Governo, eles mudem a forma como enxergam a si mesmos e o mundo. Essa transformação é o primeiro passo para uma vida plena, com propósito e verdadeira felicidade.
