Entrevista: Orquestra de Frevo do Babá

Entrevista: Orquestra de Frevo do Babá

1. O que motivou a criação de FREVOESSÊNCIA e como ele se diferencia do primeiro álbum da Orquestra?
A motivação foi sempre estar fazendo música. o Álbum canta o Carnaval de Olinda como primeiro, mas esse disco veio com repertório de músicas mais conhecidas no Carnaval de Pernambuco. Sendo que o primeiro disco focou nos hinos dos principais blocos de Olinda.

2. Como foi o processo de produção independente, sem o apoio de editais públicos? Quais foram os principais desafios?
Não acredito em edital, acaba que sempre é uma frustração fora ser muito trabalhoso. Tudo aqui é independente com Parceira da Fruta Pão Records.

3. O álbum traz tanto hinos icônicos quanto composições menos conhecidas. Como foi feita a seleção do repertório?  

Nesse segundo disco temos alguns hinos dos blocos de Olinda, mas a maioria das músicas são clássicos do Carnaval Pernambucano.

4. O que significa para vocês resgatar a essência do frevo e, ao mesmo tempo, apresentar inovações?
Muito especial ver outro disco ir pro mundo e mantendo a chama do Frevo acessa, pois hoje em diz tem muito pouca coisa lançada no frevo

5. O frevo foi reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, mas ainda enfrenta desafios. Como vocês enxergam o atual cenário do gênero?
Sem dúvidas, enfrenta muitos desafios. Na política pública o frevo é muito desvalorizado. Os cachês são abaixo da média. A mesma coisa acontece com a Cultura Popular de PE.

6. Em um momento onde o mercado musical valoriza outros estilos, qual a importância de continuar gravando frevo?
Muito especial pra mim, pois como eu disse quase não teve lançamento de frevo nos últimos 10 anos.

7. Como o público tem recebido a Orquestra e o novo álbum? Vocês sentem que há um movimento de renovação e interesse pelo frevo?
A repercussão está sendo muito boa e sem dúvidas nos últimos anos o interesse pelo frevo aumentou.

8. O álbum conta com diversas participações especiais. Como foi trabalhar com artistas como Sofia Freire, Laís Senna, Larissa Lisboa e outros?

Foi tudo bem tranquilo, elas são ótimas artistas e as gravações fluíram muito bem. Sou meio suspeito, pois sou fan delas. E a ideia também era ter no mínimo metade das músicas sendo gravadas por mulheres. Pois, antigamente a maioria das gravações de frevo era na voz de homem.

9. A escolha de “Massa Real”, de Caetano Veloso, interpretada por Sofia Freire, foi uma surpresa. O que essa música representa dentro do álbum?

A música Massa Real do Caetano é tocada há muitos anos no ritmo de frevo de rua aqui em Olinda. A obra é lindíssima e é sucesso nacional também em outras versões. Enfim, foi uma honra muito grande gravar Caetano Veloso no meu disco.

10. Como vocês acreditam que essas novas interpretações ajudam a trazer frescor ao frevo?

Sem dúvidas, quanto mais coisa nova é melhor para o frevo.

11. Quais são os próximos passos da Orquestra de Frevo do Babá? Há planos para shows, turnês ou novos projetos?
Estamos no pré carnaval aqui em Olinda, e já estamos com a agenda cheia e esperando o fervo do carnaval.

12. De que forma vocês acreditam que a nova geração pode contribuir para a preservação e renovação do frevo?

Primeiramente, gravando frevo para o frevo estar ativamente nas plataformas musicais e Política pública sem dúvidas.


13. Como o público pode apoiar o frevo e fortalecer iniciativas como a de vocês?
Ouvindo nossa música, indo para nossas apresentações e sempre atento para protegermos o frevo de outros ritmos, que a mídia impõe e estão dominando boa parte do Brasil.

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