Uma das intelectuais brasileiras mais importantes do século XX é a autora do próximo lançamento da Ubu.

Beatriz Nascimento foi uma pensadora e ativista negra que marcou o universo artístico-cultural da diáspora africana e a história do movimento negro no cenário nacional. Ubu publica livro com seus principais ensaios organizado pelo antropólogo e professor da UFG Alex Ratts.
O negro visto por ele mesmo – Ensaios, entrevistas e prosa
Beatriz Nascimento
organização e prefácio – Alex Ratts
posfácio – Muniz Sodré
texto de orelha – Renata Martins
texto complementar – Bethania Nascimento Freitas Gomes
imagem de capa – Abdias do Nascimento
R$ 69,90
brochura, 14 × 21 cm, 356 pp., 10 imagens
palavras-chave: racismo, história, movimento negro, quilombo, Brasil.
Livro enviado no Circuito Ubu.
Em pré-venda no site da Ubu a partir de 16/11.
Nas livrarias a partir de 1/12.
Nesta coletânea cuidadosamente organizada pelo professor da Universidade Federal de Goiás (UFG) Alex Ratts, a leitora encontrará textos críticos, entrevistas e a prosa poética de Beatriz Nascimento.
Neles, Beatriz tece sérias reflexões que oferecem uma imagem prismática não só da experiência íntima das pessoas negras na universidade e na cena cultural brasileira como também das representações midiáticas e historiográficas que lhes são devolvidas dia após dia por uma sociedade racista e em negação quanto ao próprio racismo.
Como existir em um contexto em que a própria existência – passada, presente e futura – é cotidianamente negada? Em que consiste o esforço para estabelecer a própria imagem, reivindicar o próprio imaginário? São essas algumas das perguntas implícitas em O negro visto por ele mesmo, registro precioso sobre o que é ser negro, e se perceber negro, no Brasil.
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“Beatriz não se encaixava em nenhum enquadramento político, era apenas radicalmente ‘contemporânea’, isto é, intelectual da fratura.”
– Muniz Sodré
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Sobre Beatriz Nascimento
MARIA BEATRIZ NASCIMENTO nasceu em 12 de julho de 1942, em Aracaju, migrando com a família para o Rio de Janeiro quando tinha sete anos. Graduada em história pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), consagrou-se como intelectual e militante do movimento negro, atuando em cursos, encontros, conferências, congressos e simpósios voltados sobretudo a discutir relações étnico-raciais no Brasil e na diáspora africana. Em 1989, participou como personagem, narradora e autora de textos do documentário Orí, dirigido por Rachel Gerber. Em 1995, aos 52 anos, foi morta pelo companheiro de uma amiga que sofria violência conjugal. Em 2021, foi homenageada com o título de doutora honoris causa pela UFRJ e, em 2022, tornou-se a primeira mulher negra a receber o mesmo título pela UFF.
“O quilombo é um avanço, é produzir ou reproduzir um momento de paz. Quilombo é um guerreiro quando precisa ser um guerreiro. E também é o recuo se a luta não é necessária. É uma sapiência, uma sabedoria. A continuidade de vida, o ato de criar um momento feliz mesmo quando o inimigo é poderoso, e mesmo quando ele quer matar você. A resistência. Uma possibilidade nos dias da destruição.”
– Beatriz Nascimento