Pela primeira vez em São Paulo, o espetáculo documental “Banho de Sol” da Zula Cia de Teatro, que retrata a experiência de mulheres em situação de cárcere, chega ao Teatro Arthur Azevedo entre os dias 23 e 25 de agosto.
O poder transformador da arte dentro do sistema prisional
A peça, que nasceu a partir de um projeto de arte-educação em uma penitenciária feminina, mostra como a arte pode ser um instrumento de libertação e humanização, mesmo em um ambiente tão adverso.
Um ano de aulas de teatro dentro de um complexo prisional
Entre setembro de 2016 e outubro de 2017, quatro artistas da Zula Cia de Teatro ministraram aulas de teatro para mulheres encarceradas em um complexo prisional. As aulas, que aconteciam durante o horário do banho de sol, proporcionaram momentos de liberdade e expressão para as mulheres, que viviam 22 horas por dia em suas celas.
A arte como ferramenta de transformação
O projeto, que inicialmente visava oferecer um escape para as mulheres, se tornou um espaço de autoconhecimento, empoderamento e transformação. As artistas observaram mudanças significativas no comportamento das mulheres, que passaram a se conectar com a arte e consigo mesmas.
Um espetáculo documental que convida o público a refletir
“Banho de Sol” é um espetáculo documental que utiliza relatos, áudios e jogos teatrais para levar o público a uma experiência emocionante e reflexiva sobre a realidade do sistema prisional e o poder da arte.
A peça também conta com uma exposição de tsurus feitos pelas mulheres encarceradas, com relatos escritos por elas.
A Zula Cia de Teatro, desde sua fundação em 2010, se dedica a contar histórias reais de mulheres em situação marginal, buscando promover a inclusão e a visibilidade feminina.
Serviço
Banho de Sol
Data: 23 a 25 de agosto, na sexta e no sábado, às 20h30, e, no domingo, às 19h
Local: Teatro Arthur Azevedo – Av. Paes de Barros, 955 – Alto da Mooca
Ingresso: Grátis – Ingressos na bilheteria com 1h de antecedência
Classificação: 14 anos
Duração: 120 minutos
Acessibilidade: O teatro possui acessibilidade para cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida. Além disso, todas as apresentações têm interpretação em Libras.