Entrevista: Samara Buchweitz, escritora

Entrevista: Samara Buchweitz, escritora

1. Samara, seu novo livro “Outras coisas que guardei para mim” aborda temas como adversidade, amizade, reencontros e perdas. Como você conseguiu reunir todas essas experiências em uma única obra?
O escritor, sobretudo os poetas, costumam estar abertos a todas as emoções e experiências que lhes tocam a alma. Acho que somos uma espécie de “hub” de tudo, com filtro poético e emotividade.
 
 
2. Você mencionou que este livro reflete o poderoso processo de autodescoberta. Pode nos contar como essa jornada de autodescoberta se desenrola ao longo das páginas?
Mais do que uma autodescoberta, o livro é um desabafo. A escrita chega para mim como um meteoro, risos.
 
3. A perda é um tema central em seu livro. Como você acredita que sua obra pode ajudar os leitores a lidar com a perda e aprender com ela?
Acredito que ao ler o que eu passei algumas pessoas possam se sentir confortadas, compartilhar com o outro que passou por questões existenciais semelhantes, algo parecido pode confortar. “Eu não estou sozinho nessa”, diz.
 
 
4. O título de seu livro anterior, “Coisas que Guardei para Mim,” difere do título atual. Qual foi o motivo por trás dessa mudança e o que você busca transmitir com “Outras coisas que guardei para mim”?
Os livros pontuam naturalmente dois períodos distintos em minha vida. Escrevi de forma que eles possam ser lidos independentemente e talvez o segundo seja o reflexo de um momento mais maduro.
 
5. Você mencionou que este livro foi um desafio ainda mais significativo. Como você superou as pressões e expectativas após o sucesso do primeiro livro?

Eu não tinha noção de que continuaria escrevendo e aos poucos, com a motivação dos leitores, fui superando tanto as pressões quanto às expectativas.
 
6. A parceria com o ilustrador Laerte Silvino continua em “Outras coisas que guardei para mim”. Como a ilustração complementa a sua escrita neste novo trabalho?
Acho que a escrita e as ilustrações conversam bem, meu desejo era o de que as ilustrações pudessem captar e transmitir a sensação do que eu escrevo.
Fomos conversando poema a poema para que o Laerte pudesse saber do significado para mim de cada um deles. E ele conseguiu lindamente.
 
7. Seu livro é descrito como “intimista, reflexivo, de nuances profundas”. Que tipo de experiência você espera que os leitores tenham ao mergulhar em sua obra?
Espero que o leitor se sinta confortável na forma como abordo temas variados. Quero que possam servir de reflexão nas ações e caminhos individuais.
 
8. Você mencionou que sempre viveu cercada de histórias. Como suas experiências pessoais influenciaram a criação deste livro?
Aqui é uma soma dos amigos, namoros, família e vivências, tudo junto e misturado, risos….
 
9. “Outras coisas que guardei para mim” foi lançado pela editora Principis. Como foi sua experiência de trabalhar com essa editora?
Foi ótima a escuta e  eles foram extremamente acolhedores.
 
10. Ao longo de sua carreira, você publicou diferentes tipos de livros, incluindo infantis e poesia. Como você vê a evolução de sua escrita ao longo desses anos?
Conforme vou amadurecendo e a escrita vai acompanhando  as  diferentes formas de ver e viver as coisas, as escolhas e as experiências.
 
11. Alguns críticos afirmam que suas obras são excessivamente emocionais. Como você responde a essas críticas?
Com respeito profissional.
 
12. Em seu livro, você fala sobre amor próprio. Alguns argumentam que priorizar o amor próprio pode ser egoísta. Qual é a sua visão sobre isso?
Para mim é um exercício diário de reafirmar  que eu posso gostar de mim mesma. Estou tentando, embora não entenda esse movimento como egoísmo. Se escolher não é egoísmo!
 
13. Sua obra é descrita como “às vezes crua e dolorida”. Isso não pode afastar leitores em busca de uma experiência mais leve e otimista. O que você diria a esses leitores?
Existem estilos  e gêneros para todo tipo de público. Cada um busca o que lhe agrada mais….

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