Exposição “Solastalgia”, de Lucas Bambozzi, no MAC USP, evidencia impacto social e ambiental das atividades mineradoras

Até o dia 1º de outubro, o MAC USP (Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo) recebe a exposição “Solastalgia”, do cineasta, artista visual e pesquisador em novas mídias, Lucas Bambozzi. Com acompanhamento curatorial de Fernanda Pitta, o conceito de solastalgia – estresse mental e/ou existencial causado por mudanças ambientais abruptas, não só por consequências naturais, mas também, por modelos de extrativismo danosos – norteia e intitula a mostra que evidencia, no formato de quatro videoinstalações, a corrosão de paisagens e montanhas causadas pelas atividades mineradoras no quadrilátero ferrífero, em Minas Gerais.

A mostra já foi visitada por mais de 70 mil pessoas e conta com uma programação educativa e de reflexão crítica em torno do tema, que será realizada nas semanas anteriores ao encerramento da exposição.

Programação

  • 14 de setembro, às 18h: Sessão do filme de longa metragem LAVRA (2021), com Lucas Bambozzi, em conversa com o público presente.
  • 16 de setembro: Bate-papo sobre os conceitos de solastalgia, em duas rodas de conversa junto ao espaço expositivo:
    • 14h: Solastalgia e Urbanismo – o meio ambiente e o seu bairro: entre as montanhas de Minas e o Plano Diretor em SP
    • 16h: A imagem da catástrofe – entre o jornalismo, artes visuais e inteligência artificial
  • 30 de setembro: Performance/intervenção musical: O som de dentro: ação vocal e improviso, com Flávia Campos (cantora e pesquisadora vocal), convidados e público presente.

Serviço

  • Exposição “Solastalgia”, de Lucas Bambozzi
  • Acompanhamento curatorial: Fernanda Pitta
  • Local: MAC USP | Av. Pedro Álvares Cabral, nº 1301, Vila Mariana – São Paulo/SP (3º andar – Ala A2)
  • Visitação: até 1º de outubro
  • Funcionamento: terça a domingo, das 10h às 21h. Fechado às segundas

Sobre a exposição

Em Solastalgia, Bambozzi utiliza imagens de drones, fotografias, vídeos e áudios para registrar as transformações das paisagens do quadrilátero ferrífero, em Minas Gerais, causadas pelas atividades mineradoras. As obras evidenciam o impacto social e ambiental do extrativismo, que provoca a corrosão das montanhas, a destruição de habitats e a poluição do ar e da água.

A exposição é um convite à reflexão sobre os impactos das atividades mineradoras no Brasil e no mundo. Bambozzi aponta para a necessidade de um novo modelo de desenvolvimento que seja mais sustentável e menos impactante ao meio ambiente.