MAM São Paulo apresenta a exposição “Elementar: Fazer Junto” com patrocínio oficial da empresa farmacêutica EMS

MAM São Paulo apresenta a exposição “Elementar: Fazer Junto” com patrocínio oficial da empresa farmacêutica EMS

A EMS, o maior laboratório farmacêutico do Brasil, está patrocinando a exposição “Elementar: Fazer Junto”, que estará em exibição de quinta-feira, 15 de junho, até 13 de agosto, no Salão Milú Villela do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM). A exposição contará com mais de 70 obras de arte moderna e contemporânea da coleção do museu. Com curadoria de Valquíria Prates, curadora convidada, Mirela Estelles, coordenadora educacional do MAM, e Cauê Alves, curador-chefe do museu, a exposição tem como objetivo provocar reflexões sobre o que é essencial para estabelecer relacionamentos com os outros e apresentará experiências poéticas do centro educacional da instituição.

Com o patrocínio oficial da empresa farmacêutica, que possui uma longa história de apoio e conexão com projetos que valorizam a cultura nacional, a exposição estará disponível para visitação de terça a domingo, das 10h às 18h. Ela convida o público a pensar sobre as barreiras que precisam ser superadas para conquistar coisas juntos, sejam elas sociais, culturais, políticas ou geográficas, em um exercício de reflexão sobre questões como alteridade e liberdade.

Josemara Tsuruoka, falando em nome da EMS, expressou imenso orgulho em apoiar um dos espaços culturais mais importantes do país pelo décimo ano consecutivo. Ela destacou a crença no poder da arte para contribuir para a conscientização e o bem-estar da sociedade. Tsuruoka enfatizou o compromisso da EMS em valorizar e incentivar projetos culturais como instrumentos de transformação social, proporcionando acesso ao conhecimento e à saúde por meio do entretenimento e eventos que melhoram a qualidade de vida.

O conceito curatorial da exposição gira em torno da ideia do que é “elementar”. Os curadores selecionaram as obras de arte com base nos quatro elementos básicos da natureza, explorando os temas da água, fogo, terra e ar, tanto em sua materialidade quanto em seus aspectos simbólicos.

A exposição apresenta um espaço interativo chamado “Fazer Junto”, criado pelo arquiteto Tiago Guimarães, que convida os visitantes a participarem de várias experiências artísticas e educacionais. Todas as quartas-feiras, às 16h, o espaço sediará oficinas, conversas com artistas e outras atividades intituladas “experiências poéticas” pelo MAM Educativo. Além das atividades no espaço Fazer Junto, outros eventos educacionais e oficinas relacionadas à exposição serão incluídos na agenda do museu.

A exposição é organizada em seis seções interconectadas, permitindo que os visitantes naveguem livremente. Cada seção é acompanhada de palavras mediadoras que servem como pistas para explorar as obras de arte. Telas de televisão em cada se

ção fornecerão informações adicionais sobre as obras e seus contextos.

Os ingressos para a exposição podem ser adquiridos no site do MAM São Paulo ou diretamente na bilheteria do museu. A entrada é gratuita para crianças menores de 10 anos e há preços especiais para estudantes e idosos.

A exposição “Elementar: Fazer Junto” no MAM São Paulo promete uma experiência artística única, convidando os visitantes a refletir sobre a importância da colaboração e conexão na sociedade atual. É uma oportunidade imperdível para apreciar a arte moderna e contemporânea brasileira em um dos principais museus do país.

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MAM São Paulo inaugura 38º Panorama da Arte Brasileira
Ele se chama Bilibeu. Ou Santo Bilibeu, ou ainda Bilibreu. Esculpido em madeira e retinto como o breu, o santo é festejado todos os anos, na Baixada Maranhense, entre as cidades de Viana, Matinha e Penalva. As pessoas que o cultuam foram por décadas chamadas de ‘caboclos’ e apontadas pejorativemente como ‘os índios’. Foi em novembro 2014 que “os índios” passaram a reivindicar perante o Estado e a sociedade envolvente uma identidade indígena específica (não mais genérica). Os Akroá Gamella sempre esteveram ali, demarcando suas terras com os pés, como eles mesmo dizem, e utlizando os recursos naturais, sob regras específicas, com o intuito de preservar a natureza e manter a sua subsistência físisca e simblólica. Foi em segredo mantiveram vivos Entidades que sobreviveram à censura identitária e ao racismo. Bilibeu foi um deles, o mais conhecido de todo os Encantados locais. São Bilibeu perseverou ao silenciamento e permaneceu preservado publicamente porque ficou mimetizado dentro das comemorações do carnaval. Nesse período em que “tudo pode”, Bilibeu pode existir e sair às ruas num festejo que dura 4 dias, no qual dezenas de crianças e adultos pintados de carvão, marcham durante dez ou doze horas, incorporando os ‘cachorros de Bilibeu’ que, de casa em casa, de aldeia em aldeia, caçam. A matilha de cachorros e cachorras, sob orientação de um chefe, o ‘gato maracajá’, caçam comida e bebida para oferecer ao santo que em um determinando momento do ritual morre, é enterrado, sob o choro de mulheres, e renasce na manhã seguinte para continuar dando fartura e fertilidade ao povo Akroá Gamella. Se antes, era celebrado no carnaval, hoje o povo Akroá Gamella, escolheu outra data para o ritual. O dia 30 de abril é, desde de 2019, a data em que Bilibeu é cultuado. Bilibeu definitivamente não é uma festa, é um rito. Um rito que agora marca um evento de muita dor, tristeza e revolta. Pois foi nesse dia, no ano de 2017, que