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Preconceito nas escolas atinge 84% dos jovens negros no Brasil

Preconceito nas escolas atinge 84% dos jovens negros no Brasil

Pesquisa revela que a literatura pode ser uma ferramenta importante na luta antirracista

Uma pesquisa desenvolvida pelo Ensino Social Profissionalizante (Espro) revelou que 84% dos jovens negros já sentiram ou presenciaram situações de preconceito nas escolas ou faculdades do Brasil.

O estudo, intitulado “Pesquisa Diversidade Jovem 2023”, ouviu 2.738 adolescentes e jovens, com idades entre 14 e 23 anos, dos quais 54% se declararam negros.

A pesquisa também apontou que o preconceito não se limita apenas ao ambiente educacional. Seis em cada dez jovens já enfrentaram situações de preconceito dentro do ambiente familiar, e 77% relataram experiências similares em locais públicos como transporte, consultórios médicos, restaurantes e lojas.

O professor José Nilton Júnior, Mestre em História Social UFRJ, Doutorando em História Política e autor do livro “Steve Biko e o Movimento Consciência Negra: Trajetória e Atuação de um Jovem Líder Negro na África do Sul (1969 – 1977)”, observa que o preconceito racial é uma realidade que afeta a vida dos negros em todos os espaços sociais.

“É importante refletir sobre os lugares que as pessoas pretas ainda não ocupam na nossa sociedade, e o que podemos fazer para mudar essa realidade? Importante que não naturalizamos essa ausência, muito pelo contrário. O dia da Consciência Negra é para reflexão de todos, buscarmos letramento racial para combatermos de fato essa mazela da nossa sociedade, o racismo!”, afirma o professor.

O Novembro Negro, que se inicia nesta segunda-feira (20), é um movimento que enfatiza a importância de reconhecer e valorizar a diversidade cultural e a contribuição da população negra na formação da sociedade brasileira.

Iniciativas durante o Novembro Negro visam fortalecer a identidade e autoestima negra, promovendo a expressão cultural e a conscientização sobre o racismo estrutural, incentivando discussões e ações que abordem suas manifestações e impactos.

A Editora Dialética reafirma seu compromisso com a educação e a leitura como ferramentas vitais na luta contra o racismo e na promoção de uma sociedade mais equitativa.

A editora destaca alguns livros publicados sobre o tema que podem contribuir para uma compreensão mais profunda sobre o racismo estrutural no Brasil:

  • Feminismo Negro: Luta por Reconhecimento da Mulher Negra no Brasil
  • Políticas Públicas Antirracistas: Análises sobre Racismo Estrutural e Programas de Transferência de Renda
  • Steve Biko e o Movimento Consciência Negra: Trajetória e Atuação de um Jovem Líder Negro na África do Sul (1969 – 1977)

Para saber mais sobre o racismo estrutural no Brasil e como combatê-lo, confira os livros da Editora Dialética.

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