No decorrer dos meses de agosto e setembro, a Bora de Rolê, em uma iniciativa admirável, trará às ruas do Rio de Janeiro o aclamado documentário “Rolê – A História dos Rolezinhos”. O filme, reconhecido pelo Programa de Fomento ao Audiovisual Carioca de 2022, oferecerá sessões públicas em locais como escolas e centros culturais. A Bora de Rolê, uma rede dedicada a promover o acesso do cinema às comunidades locais, almeja enriquecer o diálogo sobre discriminação racial e exclusão social. Esta ação é possível graças ao esforço conjunto da produtora do documentário, Couro de Rato, e da distribuidora, Fistaile.

Esta notável iniciativa contará com cinco agentes atuando no Rio de Janeiro: Uilton Oliveira, Caroline Kaolin, Patrícia Pagu, Gleyser Ferreira e Érica Sansil. Antecipa-se que até 1.500 pessoas terão a oportunidade de assistir ao “Rolê – A História dos Rolezinhos” durante essas sessões. Marina Tarabay e Talita Arruda, da Fistaile, destacaram a relevância desta iniciativa afirmando: “Nosso objetivo com o projeto é levar o filme às pessoas de diferentes territórios do Rio de Janeiro e às suas comunidades protagonistas. A realização da Bora de Rolê destaca a relevância das políticas públicas para o audiovisual, ao mesmo tempo em que chama a atenção para a maior participação de filmes brasileiros no espaço de circulação.”

Sobre o Documentário

O documentário “Rolê – Histórias dos Rolezinhos”, produzido pela Couro de Rato, em coprodução com a CINEBRASiLTV e dirigido por Vladimir Seixas, fez sua estreia internacional na 25ª edição do Flickers’ Rhode Island International Film Festival em 2021, onde recebeu reconhecimento. No mesmo ano, conquistou o Grande Prêmio Visão, dedicado a filmes capazes de transpor barreiras culturais internacionais e tocar pessoas em todo o mundo, e foi premiado como melhor longa-metragem documentário no Festival do Rio.

Durante os anos de 2018 a 2020, o diretor Vladimir Seixas acompanhou de perto três figuras cruciais do movimento dos rolezinhos e seus desdobramentos: Jefferson Luís, organizador de alguns dos primeiros e maiores rolezinhos, eleito uma das 100 pessoas mais influentes do Brasil pela Revista Época em 2014; a artista e performer mineira Priscila Rezende, que liderou uma ação coletiva em um shopping, baseada em sua performance “Bombril” de 2010; e Thayná Trindade, empreendedora negra e fundadora da Uzuri Acessórios, que organizou uma manifestação dentro do shopping Plaza em Niterói/RJ após sofrer racismo por parte de um vendedor de loja, um caso que viralizou nas redes sociais em 2014.

O diretor ressalta: “O filme possibilita um mergulho nas periferias filmadas com as personagens, como se pudesse viver um pouco com elas… ficamos felizes aqui na nossa produtora, pois era de fato o que queríamos imprimir na tela desde o início do roteiro, justamente pela aliança entre experiências de vida e as reações com os Rolezinhos.”

Sinopse

Os Rolezinhos em shoppings no Brasil mobilizaram milhares de pessoas nos últimos anos. Essa forma inusitada de manifestação escancarou as barreiras impostas pela discriminação racial e exclusão social. Acompanhe neste documentário a vida e as lembranças de três personagens negras que enfrentaram situações traumáticas de racismo e participaram das ocupações em shoppings. Descubra os sonhos, a beleza, a poesia, a arte e a política de uma geração que encontrou novas maneiras de lidar com a violência vivida promovendo um intenso debate pelo país.

Serviço

Bora de Rolê – Exibições do documentário “Rolê – A História dos Rolezinhos”

• Período: Agosto a Outubro de 2023
• Local: A ser confirmado; acompanhe o perfil da produtora Couro de Rato no Instagram para atualizações: link
• Para agendar uma sessão, entre em contato pelo e-mail: projetoboraderole@gmail.com
• Realização: Bora de Rolê, Couro de Rato e Fistaile

O filme foi contemplado pelo PRODAV do FSA – Fundo Setorial Audiovisual em parceria com o canal CINEBRASILTV.

Apoio: Bora de Rolê, RIOFILME, Secretaria Municipal de Governo e Integridade Pública e Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro.

Esta é uma oportunidade única de vivenciar as histórias inspiradoras dos rolezinhos e de participar de discussões significativas sobre igualdade e inclusão social nas comunidades do Rio de Janeiro. Não perca essa chance de fazer parte dessa jornada cinematográfica única.