×

Editora Vermelho Marinho celebra 160 anos de Júlia Lopes de Almeida com box de obras via crowdfunding

Editora Vermelho Marinho celebra 160 anos de Júlia Lopes de Almeida com box de obras via crowdfunding

Financiamento coletivo é alternativa adotada pela Vermelho Marinho para viabilizar lançamento de uma obra inédita da autora, considerada como a “Machado de Assis de saias”
 

 A Editora Vermelho Marinho, uma das mais importantes no segmento de obras clássicas, organizou uma vaquinha virtual para lançar obras inéditas de Júlia Lopes de Almeida. Com pensamento à frente de seu tempo, ela foi uma das escritoras mais importantes do Brasil no século 20, e há mais de 100 anos já defendia temas como feminismo e empoderamento feminino.
 

Para viabilizar a publicação de uma obra exclusiva e inédita da autora, a editora lança o Box Julinto– box comemorativo com 3 obras de Júlia e de seu marido, o também escritor Filinto de Almeida, em uma edição de colecionado com tiragem limitada – via financiamento coletivo no site. É possível contribuir com o projeto até 28 de setembro.
 

“O crowdfunding é uma forma de financiar não apenas o box como também o lançamento de outras obras importantes da literatura clássica. A meta de arrecadação é R$ 48 mil, e atingindo a meta de 1.000 boxes vendidos, os apoiadores do crowdfunding ganharão um livreto com 50 contos e crônicas inéditas de Júlia”, revela Tomaz Adour, editor-chefe e fundador da Editora Vermelho Marinho.
 

O Box Julinto é uma coleção de três obras inéditas do casal Júlia Lopes de Almeida e Filinto de Almeida, em uma edição com tiragem limitada. O lançamento marca os 160 anos de nascimento de Júlia e inclui três obras fundamentais do casal: o livro de contos “Ânsia Eterna”, de Júlia Lopes de Almeida, o romance de suspense “A Casa Verde”, do casal Julinto, e a homenagem “Dona Júlia”, livro que reúne os poemas que Filinto escreveu para a sua musa durante os quase 50 anos em que estiveram juntos, e publicou em tiragem limitada apenas para amigos.
 

Júlia Lopes de Almeida e Filinto de Almeida – também conhecidos como o casal #Julinto – precursores da shippação – foram alguns dos idealizadores e fundadores da Academia Brasileira de Letras. Populares entre a “nata” da literatura da época, receberam na bela casa onde moravam, no bairro de Santa Teresa (Rio de Janeiro), alguns dos nomes mais importantes da literatura brasileira. Os saraus que organizavam eram frequentados por autores como Aluízio Azevedo, Machado de Assis, Olavo Bilac, Valentim Magalhães, Artur Azevedo, Lúcio de Mendonça e outros notáveis que foram os primeiros membros da ABL.
 

A coleção tem apresentação da professora/doutora Anna Faedrich, uma das maiores pesquisadoras da obra de Júlia e da literatura de autoria feminina brasileira. “Ânsia Eterna” tem prefácio da historiadora e professora Gabriela Trevisan, autora de “A Escrita Feminista em Júlia Lopes de Almeida”, “Dona Júlia” tem prefácio do neto da autora, Cláudio Lopes de Almeida, e “A Casa Verde” tem apresentação conjunta da graduanda em letras Nathalia Kimberly e Anna Faedrich, além da crônica “Um Lar de Artistas”, escrita por João do Rio depois de uma visita ao casal na famosa casa de Santa Teresa.
 

Mulher à frente de seu tempo
 

Júlia Lopes de Almeida é a “autora do momento”, não somente por conta de seus 160 anos celebrados em 2022, mas também por seu papel de vanguarda como mulher em uma profissão dominada por homens. “Ela defendia o empoderamento feminino, mas também equilibrava, de certo modo, seus deveres junto à família e sociedade. Seus posicionamentos eram modernos para a época, por isso suas obras têm muita sintonia com os dias atuais”, explica Tomaz Adour, editor-chefe e fundador da Editora Vermelho Marinho.
 

“Júlia estava à frente de seu tempo. Quem descobre Júlia hoje sente estar lendo uma autora contemporânea. E os leitores irão descobrir, nesta edição comemorativa, porque Filinto era um talento à altura da maior escritora da literatura brasileira, considerada por seus contemporâneos a “Machado de Assis de saias”, acrescenta o editor.
 

Junto com Coelho Neto, Júlia foi a autora mais vendida do Brasil até seu falecimento, em 1934, por malária, voltando de uma viagem à África. Sua extensa obra, de mais de 40 volumes, vendeu milhões de exemplares no começo do século 20, sendo adotada por escolas e comprada por leitores “ávidos” pela sua próxima novidade.

“Descobrir Júlia é voltar no tempo, para uma época em que o mundo dominado pelos homens teve que se ajoelhar ao talento da mulher mais importante da literatura brasileira. Ela era uma pessoa combativa, mas ao mesmo tempo doce e amorosa, que estava anos à frente do seu tempo, e que era respeitada por todos os seus pares, como podemos ver em fotos onde todos os grandes autores da época cercam Júlia com respeito e admiração”, conclui o fundador da Vermelho Marinho.
 

Sobre a Editora Vermelho Marinho: Sediada no Rio de Janeiro, publica desde obras contemporâneas a clássicos inéditos ou há muito tempo fora de catálogo no Brasil. Há mais de 8 anos tem o selo “O Melhor de Cada Tempo”, que visa publicar obras em domínio público que foram grandes sucessos em sua época, e que não têm edições brasileiras atuais, ou nunca tiveram. É a única editora a redescobrir autores/clássicos esquecidos, reconhecendo sua importância para a sociedade e demonstrando como temas centenários ainda estão presentes em nossa sociedade. Além dos 1200 títulos clássicos prontos para serem lançados, a editora ainda tem mais de 10.000 volumes de livros esquecidos que estão sendo atualizados com o novo acordo ortográfico para serem publicados nos próximos anos.

Publicar comentário